ALMG quer discutir implementação de ações na segurança

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais promoveu, nesta quarta-feira (20/2/2002), uma reunião com representantes de ...

20/02/2002 - 19:57
 

ALMG quer discutir implementação de ações na segurança

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais promoveu, nesta quarta-feira (20/2/2002), uma reunião com representantes de diversos órgãos governamentais e de entidades da sociedade civil para aprofundar as discussões sobre as medidas apresentadas durante o Movimento pela Segurança e Vida. O movimento contou com ampla participação popular, em reuniões promovidas no interior do Estado, culminando com o Dia Estadual da Segurança Pública, em julho de 2000. O presidente da Assembléia, deputado Antônio Júlio (PMDB), lembrou diversas outras iniciativas, como a aprovação de leis delegadas para reajustar os vencimentos de policiais civis e militares. De 1999 a 2001 a Assembléia aprovou 23 normas da área de segurança.

Entre as ações implementadas pelo Legislativo também está a apresentação ao Conselho Estadual de Defesa Social de uma série de propostas, como a integração das Polícias Civil e Militar; a criação de um núcleo integrado de inteligência; parcerias com prefeituraas; e aumento dos investimentos na segurança. Foram aprovadas, ainda, leis como a regulamentação do Conselho de Defesa Social, sobre a divulgação de dados relativos à violência e à criminalidade e sobre as regras para funcionamento compartilhado dos sistemas de informação entre as corporações policiais. A Assembléia decidiu, ainda, criar uma Comissão Permanente de Segurança Pública.

O deputado Anderson Adauto (PL), que presidiu a Assembléia quando foi realizado o Movimento, ressaltou a importância da participação popular na discussão. Para ele, a questão agora é de coragem política para implementar as medidas já sugeridas. O deputado também lembrou o problema social, como o desemprego, que contribui para o aumento da violência. O sub-chefe do Estado Maior da Polícia Militar, cel. Richard Franco Gontijo, defendeu a criação de uma Câmara de Gestão de Segurança Pública que seria responsável por definir as regras de integração dos diversos atores envolvidos com a questão da segurança.

O procurador-geral adjunto do Estado, Jacson Campomizzi, falou sobre o assassinato do promotor Francisco José Lins do Rego Santos, dizendo que a tragédia irreparável teve o fruto de mobilizar a sociedade para combater a violência e a criminalidade. Para ele, o assassinato de um servidor público em pleno exercício de sua atividade é resultado da omissão do Governo Federal, que se retirou da economia e do poder regulador, ao transferir a fiscalização para agências reguladoras que não foram estruturadas. Segundo ele, o papel dos deputado foi cumprido, ao fazer as leis. Cabe agora, à sociedade, cobrar a implementação delas.

Compuseram a mesa da reunião os deputados João Leite (PSB), Elaine Matozinhos (PSB), Márcio Cunha (PMDB), Anderson Adauto (PL), Sargento Rodrigues (PDT), Durval Ângelo (PT) e Edson Rezende (PT), além do presidente Antônio Júlio (PMDB), do secretário-adjunto de Segurança Pública, José Antônio Morais, e do procurador-geral adjunto de Justiça, Jacson Campomizzi. Também participaram da reunião representantes de diversas entidades e vereadores de Belo Horizonte.

 

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