Subsecretária diz que não há fechamento de cursos
noturnos
"Não está havendo fechamento de nenhum curso
noturno". A afirmação é da subsecretária estadual de Educação, Maria
Stela Nascimento, que compareceu à reunião da Comissão de Educação,
Cultura, Ciência e Tecnologia nesta quarta-feira (12/12/2001), para
prestar esclarecimentos sobre o fechamento de cursos em escolas da
rede pública estadual. Segundo ela, existem, em Minas Gerais, 120
Centros Estaduais de Ação Continuada (Cesecs) para a educação de
jovens adultos, além das tele-salas. Maria Stela informou que a
criação de novas vagas está condicionada ao aproveitamento de
espaços físicos ociosos existentes nas escolas, bem como à
disponibilidade de professores.
O deputado Paulo Piau (PFL) disse que a Comissão
visitou dez macrorregiões do Estado e que, na prática, o Estado está
falhando. "Não se oferece oportunidades para os alunos que trabalham
durante o dia e que se encontram fora da faixa etária normal",
comentou. O deputado ainda questionou a qualidade do ensino dos
Cesecs. "É preciso parar de fazer da educação uma plataforma
política e fazê-la um fator de desenvolvimento", declarou.
Participação - O
presidente da Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas
Públicas de Minas Gerais (Fapaemg), Mário de Assis, disse que a
Secretaria de Estado da Educação (SEE) faz os projetos, por meio de
sua equipe técnica, sem ouvir a comunidade envolvida. Para Assis, a
educação no Estado está sendo sucateada. "Falta participação no
contexto educacional", concluiu. Para o diretor do Centro
Interescolar de Línguas de Uberaba (Ciel), Sebastião Silva, há
defasagem na qualidade da educação. "Existe um distanciamento da
Secretaria em relação ao planejamento de suas ações. Queremos
participar para obter um maior desenvolvimento", comentou. O diretor
também disse que a abertura de novas vagas no turno da noite deve
ser condicionada à demanda da comunidade em relação a esses
cursos.
Maria Stela disse que as definições da Secretaria
são tomadas em conjunto, escutando os colegiados e as regionais,
além das entidades representativas de professores. "É necessária a
formação de um tripé para o bom funcionamento da educação, com a
participação da família, das escolas e da comunidade", disse. A
subsecretária informou que os Cesecs atendem aqueles alunos que não
podem ir à escola todos os dias. "Lá, eles contam com um atendimento
quase que individualizado, e eles voltam ao Cesec sempre que
precisam de esclarecimentos. Esses alunos têm duas opções de
avaliação: uma, pelo processo, e outra, no exame de massa, que
acontece duas vezes ao ano, em julho e em dezembro",
explicou.
Presenças - Compareceram à
reunião os deputados Paulo Piau (PFL), presidente da Comissão, Dalmo
Ribeiro Silva (PPB) e José Henrique (PMDB).
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