Convidados defendem discussão ampla sobre Oscips

Representantes do Poder Executivo e de entidades de servidores públicos, ouvidos pela Comissão do Trabalho, da Previd...

11/12/2001 - 17:55
 

Convidados defendem discussão ampla sobre Oscips

Representantes do Poder Executivo e de entidades de servidores públicos, ouvidos pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembléia Legislativa, defenderam uma discussão maior sobre o Projeto de Lei (PL) 1.449/2001, do deputado Sávio Souza Cruz (PMDB). O projeto, debatido em audiência pública, nesta terça-feira (11/12/2001), dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips), institui e disciplina o termo de parceria. A Comissão aprovou requerimento do deputado João Leite (PSB), solicitando que seja marcada nova data para discutir o projeto, com maior representação das Secretarias de Estado e entidades de áreas sociais, como saúde e educação.

Para a diretora de Projetos Organizacionais da Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (Seplan), Iara Vieira Veloso Pinheiro, a proposta do PL 1.449/2001 representa um avanço na prestação de serviços públicos em Minas Gerais. De acordo com o projeto, as pessoas jurídicas de direito privado poderão qualificar-se como Oscips desde que estejam constituídas há pelo menos dois anos. Essa exigência, segundo Iara Vieira, fortalece a estrutura organizacional das entidades prestadoras de serviços públicos. A proposta também deverá fortalecer o papel do Tribunal de Contas do Estado e da Assembléia, segundo a diretora. Iara Vieira Veloso e o técnico da Seplan Jonathan Pires Generoso defenderam uma discussão mais ampla do projeto que, para eles, é importante, mas contém questões jurídicas que precisam ser melhor avaliadas.

DÚVIDAS

"As reformas de Estado assustam um pouco", observou o diretor do Sindsaúde, Paulo Carvalho. Ele defendeu uma discussão maior sobre a transferência para o terceiro setor de atividades que são responsabilidade do Estado e sobre o impacto disso para as políticas públicas. "Uma organização social precisa responder pelo que ela recebe de recursos e seus trabalhos devem ser acompanhados na prática", afirmou. A Assembléia Legislativa de Minas, segundo Carvalho, deveria executar, juntamente com outras organizações competentes, o monitoramento desses trabalhos.

Tramitação - O PL 1.449/2001 foi publicado no Diário do Legislativo do dia 22 de março de 2001 e já recebeu pareceres de 1º turno das Comissões de Constituição e Justiça e de Administração Pública, que apresentou as emendas nº 1 a 4. O Plenário da Assembléia aprovou requerimento da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, no dia 9 de agosto, para que fosse formulado apelo ao presidente da Assembléia, no sentido de realizar um Ciclo de Debates para discutir o projeto. A requerimento do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PPB), aprovado pelo Plenário, o projeto está sendo analisado pela Comissão do Trabalho, tendo como relator o deputado João Leite (PSB), que opinou pela aprovação com as emendas nº 1 a 4. O parecer, no entanto, não foi votado porque o deputado Dalmo Ribeiro Silva pediu prazo para examiná-lo e apresentou o requerimento para a realização da audiência pública para discutir a proposta.

ÍNDICE MINEIRO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

A Comissão aprovou parecer de 2ºº turno sobre o PL 1.478/2001, do deputado Ambrósio Pinto (PTB), que cria o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS). O deputado João Leite (PSB) opinou pela aprovação, na forma do vencido no 1º turno. O IMRS tem por objetivo produzir um indicador para caracterizar os municípios mineiros quanto às condições de vida da população e às ações públicas direcionadas para seu aprimoramento. Segundo o parecer, a iniciativa do PL é válida porque além de criar o IMRS possibilita ao Poder Legislativo a construção de seus próprios instrumentos de fiscalização política.

Também foi aprovado parecer favorável de 1º turno sobre o PL 1.752/2001, do deputado João Leite (PSB), que dispõe sobre a colocação, no hall de entrada de repartições públicas, de anúncios de vagas para trabalho do Sistema Nacional de Empregos (Sine). O relator foi o deputado Bené Guedes (PDT). O Sine organiza um sistema de informação e pesquisas sobre o mercado de trabalho, propiciando informação e orientação ao trabalhador quanto à escolha de emprego. A listagem de serviços e empregos oferecidos pelo Sine, no entanto, está disponível à população somente em alguns veículos informativos, aos quais a população de baixa renda e pouca escolaridade nem sempre tem acesso.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Bené Guedes (PDT), que presidiu a reunião; João Leite (PSB) e Luiz Menezes (PPS); o técnico da Seplan Jonathan Pires Generoso; o diretor do Sindisaúde, Paulo Carvalho; e a diretora de Projetos Organizacionais da Seplan, Iara Vieira Veloso.

 

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