Deputados discutem orçamento e parcerias da Cemig

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas questionou, nesta terça-feira...

11/12/2001 - 17:56
 

Deputados discutem orçamento e parcerias da Cemig

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas questionou, nesta terça-feira (4/12/2001), representantes da Cemig sobre os recursos previstos no orçamento de 2002 para a construção de usinas hidrelétricas. Os deputados fizeram vários questionamentos sobre a formação dos consórcios, o processo de escolha das empresas parceiras e o andamento das obras de construção, ampliação e reforma de usinas hidrelétricas. O Projeto de Lei (PL) 1.796/2001, que contém o orçamento do Estado para 2002, destina cerca de R$ 1,8 bilhão para a Cemig. A reunião foi realizada a requerimento do deputado Rêmolo Aloise (PFL), sub-relator do projeto do orçamento.

Usinas em Construção

O superintendente de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, Denys Cruz de Souza, disse que "o propósito da empresa é investir na geração de energia", e falou sobre as hidrelétricas que estão em fase de construção, total ou parcialmente financiadas pela Cemig. A Usina de Porto Estrela tem a participação da Cemig em um terço, sendo que, de acordo com Denys Cruz, os investimentos totais ultrapassam R$ 100 milhões. A Cemig participa com R$ 30 milhões na construção de Queimados e com R$ 42 milhões na construção da hidrelétrica de Funil, onde detém 49% do empreendimento - os 51% restantes são de responsabilidade da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A Cemig vai investir, ainda, R$ 120 milhões na construção da usina de maior porte das quatro, Aimorés, na qual tem participação de 49% e a CVRD, 51%. Seis usinas, segundo o superintendente, estão em processo de licitação, duas delas são de participação total da Cemig, a de Pai Joaquim e a de Irapé - usina de alto porte e valor elevado de construção.

A Companhia Vale do Rio Doce é a empresa que mais possui sociedade na construção de usinas hidrelétricas, o que se dá, ainda segundo Denys Cruz, devido ao interesse da empresa e suas condições econômicas e estruturais. "Como estatal, a Cemig tem maior dificuldade na obtenção de recursos financeiros", declarou o superintendente justificando a necessidade de estabelecer consórcio entre a empresa e o setor privado.

Regras de Concessão

Quem define o concessionário é o poder concedente, no caso a Cemig, com o conhecimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A informação é do assessor da superintendência Jurídica da Cemig, Manoel Bernardino Soares. Ele afirmou que os mecanismos na adoção de consórcios foram criados pelo Governo para viabilizar financeiramente projetos hidrelétricos.

O deputado Irani Barbosa (PSD) questionou o processo de escolha dos parceiros da Cemig nas obras de hidrelétricas e citou o caso da Usina de Traíra. Segundo o deputado, houve um processo de pré-qualificação em que 17 empresas foram selecionadas para concorrer à participação no empreendimento. Dessas, sete apresentaram condições que atenderam às necessidades, entre elas o Grupo Votorantin. "Essa oportunidade deveria ser dada a mais empresas nas construções de outras usinas", disse Irani Barbosa.

Requerimento - A Comissão aprovou requerimento de deputado Rêmolo Aloise (PFL) pedindo que os representantes da Cemig presentes na reunião encaminhem, até o próximo dia 15, planilhas de custo com discriminação das Usinas que estão orçadas para o ano de 2002; cópias de contratos do projeto "Luz no Campo" com cidades localizadas fora da área da Sudene; e cópia do contrato da Cemig com a Eletrobrás para o mesmo projeto.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Mauro Lobo (PSB), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária; Rêmolo Aloise (PFL); Eduardo Brandão (PL); Irani Barbosa (PSD) e Fábio Avelar (PTB); o superintendente de Controladoria da Cemig, Pedro Carlos Hosken Vieira; o superintendente de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, Denys Cruz de Souza; e o assessor da Superintendência Jurídica da Cemig, Manoel Bernardino Soares.

 

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