Comissão discute implementação do Tribunal de Arbitragem

A implementação do Tribunal de Arbitragem do Estado de Minas Gerais foi discutida, nesta terça-feira (27/11/2001), em...

11/12/2001 - 17:56
 

Comissão discute implementação do Tribunal de Arbitragem

A implementação do Tribunal de Arbitragem do Estado de Minas Gerais foi discutida, nesta terça-feira (27/11/2001), em audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça. Com o propósito de solucionar de forma extrajudicial litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis, nos termos da Lei Federal 9.307/96, e observar os tratados e convenções internacionais que tiverem aplicação no território brasileiro, a criação da Câmara de Arbitragem no Estado foi defendida por todos os participantes da reunião.

O presidente do Tribunal Arbitral de Minas Gerais, Carlos Márcio Sales Vasconcelos, defendeu a lei que garante a criação da Arbitragem, considerada uma das mais modernas do País, e disse que, na Justiça Arbitrária, tudo é executado da mesma maneira que na Justiça comum, mas não as decisões não são passíveis de recursos. Segundo Carlos Márcio, num processo judicial são passíveis 78 recursos. "O intuito é o de oferecer uma justiça rápida, eficiente e economicamente viável", afirmou.

A necessidade de se valer da lei é, de acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Minas Gerais (OAB/MG), Marcelo Leonardo, uma alternativa ao Poder Judiciário. Ele disse que 12 entidades fazem parte da fundação da Câmara de Arbitragem, entre elas a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/MG) e a Federação das Associações Comerciais, Industriais, Agropecuárias e de Serviços de Minas Gerais (Federaminas).

"Ainda não existe cultura e acompanhamento popular das vantagens que a arbitragem pode proporcionar", disse o membro da Comissão de Arbitragem da Federaminas, Abel Fagundes. Segundo ele, a Câmara de Mediação e Arbitragem de Minas Gerais, como intitulou, será uma instituição privada a serviço do povo a partir de março do próximo ano, além de representar mais um campo de atuação para profissionais de várias áreas.

Os benefícios, como a agilidade e a competência na solução de casos judiciais, foram lembrados pelo assessor Jurídico da CDL/BH, Reginaldo Moreira, e pelo presidente da CDL/Contagem, Frank Sinatra Santos Chaves.

A expansão do Tribunal para a cidade de Contagem foi defendida pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Contagem, Antônio Costa Neto. Para ele, o passo significa progresso para o Estado e é hora da Assembléia Legislativa intermediar as liberdades que a lei permite. A lei, que ficou "adormecida" desde 1996, segundo Antônio Costa Neto, desperta com força total e precisa ser implantada como forma de progresso para o Estado.

"Já que a lei é uma realidade, é preciso fazer uso dela e informar-se para sua consolidação", disse a procuradora de Justiça Nara Narje. Segundo ela, o sistema de Justiça Arbitrária oferece ganho social maior que qualquer outro princípio econômico.

Os deputados que participaram da reunião defenderam a criação do Tribunal de Arbitragem, falaram de sua importância moral, social e econômica, e destacaram a necessidade da expansão da iniciativa para outras cidades em Minas.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Geraldo Rezende (PMDB) - presidente da Comissão, Agostinho Silveira (PL) - vice-presidente, e Durval Ângelo (PT); além do presidente do Tribunal Arbitral de Minas Gerais, Carlos Márcio Sales Vasconcelos; do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Minas Gerais (OAB/MG), Marcelo Leonardo; do membro da Comissão de Arbitragem da Federaminas, Abel Fagundes; do assessor jurídico da CDL/BH, Reginaldo Moreira; do presidente da CDL/Contagem, Frank Sinatra Santos Chaves; do presidente da Associação Comercial e Industrial de Contagem, Antônio Costa Neto; e da procuradora de Justiça, Nara Narje.

 

 

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