Assembléia debate proteção à bacia do Rio das Velhas

Exigir o cumprimento das leis ambientais, disciplinar o processo de ocupação e crescimento urbano e proceder ao trata...

11/12/2001 - 17:56
 

Assembléia debate proteção à bacia do Rio das Velhas

Exigir o cumprimento das leis ambientais, disciplinar o processo de ocupação e crescimento urbano e proceder ao tratamento da rede de esgotos. Estes foram os principais desafios apontados pelo chefe da Divisão da Unidade de Conservação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luis Artur Castanheiras, um dos expositores do Ciclo de Debates "Proteção Ambiental na Bacia do Rio das Velhas: Situação atual e Perspectivas", realizado nesta sexta-feira (9/11/2001), no Plenário da Assembléia. A iniciativa é uma continuidade do Movimento "Minas em Defesa das Águas", que engloba uma série de ações destinadas à defesa e à preservação dos recursos hídricos do Estado.

Representando o presidente da Assembléia, deputado Antônio Júlio (PMDB), o deputado Fábio Avelar (PTB) iniciou os trabalhos, fazendo um breve histórico da relevância do Rio das Velhas para Minas Gerais. Segundo ele, junto com os peixes morrem também uma parte significativa da economia regional e a identidade cultural das populações ribeirinhas. "O Rio das Velhas é hoje um retrato do descaso e da falta de consciência dos valores ambientais", declarou. O deputado disse que o meio ambiente está intimamente vinculado à saúde, qualidade de vida e cidadania e que só é possível concretizar as ações propostas com a aglutinação de esforços dos órgãos governamentais, entidades ambientalistas, instituições acadêmicas, empresas privadas e setores organizados da população.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Paulo Maciel, disse que já existem ações efetivas de preservação, como o tratamento da rede de esgotos do Ribeirão Arrudas e da Lagoa da Pampulha, mas que apenas elas não são suficientes. De acordo com o secretário, as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) focalizam as regiões mais sensíveis e estão conseguindo se contrapor a algumas devastações e extrações agressivas ao meio ambiente. Maciel salientou a importância da participação das comunidades e propriedades rurais na preservação da Bacia do Rio das Velhas e falou que a preservação deve caminhar ao lado do uso sustentável dos recursos naturais, como meio de se atingir o desenvolvimento social.

"É preciso estabelecer diretrizes para o manejo dos recursos naturais", afirmou o diretor de Proteção à Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Miguel Ribon. Ele informou que existem 12 APAs entre as 147 unidades de conservação e proteção ao meio ambiente do Estado. O coordenador Apolo Heringer, do Projeto Manuelzão, uma iniciativa pela revitalização da bacia hidrográfica do Rio das Velhas, disse que é preciso formar um corredor ecológico de preservação. Segundo ele, a região metropolitana de Belo Horizonte é a área que mais agride a bacia do Rio das Velhas. "Não queremos o meio ambiente só para gerar dinheiro, mas para a vida", concluiu.

Mesa - Compuseram a Mesa o deputado Fábio Avelar (PTB); o diretor de Proteção à Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Miguel Ribon; o coordenador do Projeto Manuelzão, Apolo Heringer; o secretário municipal do Meio Ambiente, Paulo Maciel; o representante do Projeto Manuelzão, Edésio Teixeira; e o chefe da Divisão da Unidade de Conservação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luis Artur Castanheiras.

 

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