Ex-presidente da Loteria Mineira reafirma inocência

O ex-presidente da Loteria Mineira Márcio Tadeu Pereira declarou-se inocente das acusações de irregularidades na sua ...

11/12/2001 - 17:56
 

Ex-presidente da Loteria Mineira reafirma inocência

O ex-presidente da Loteria Mineira Márcio Tadeu Pereira declarou-se inocente das acusações de irregularidades na sua gestão à frente da loteria, na reunião da Comissão Especial das Máquinas Off-Line, nesta quinta-feira (8/11/2001). Pereira foi sabatinado pelos deputados que compõem a Comissão e diz não compreender como ainda há suspeitas sobre a sua idoneidade. "Estou com a minha consciência tranqüila. Reafirmo que nenhum ato arbitrário ou ilegal foi praticado por mim quando presidi a loteria", declarou.

Segundo Pereira - que foi exonerado do cargo em abril de 2000 em decorrência de suspeitas de monopólio no contrato com a empresa que explora o jogo interativo em Minas Gerais -, houve uma auditoria na qual nada foi constatado de irregular. "Fui isentado de qualquer possibilidade de suspeita, pois os técnicos da auditoria não confirmaram as acusações feitas", disse o ex-presidente. O capitão da Polícia Militar de Minas Gerais Adriano César Araújo, que representou o auditor-geral do Estado, Aírton Maia, reafirmou que nada foi constatado na fiscalização. "O relatório foi realizado de maneira minuciosa e a conclusão final não comprovou nada de ilegal", declarou Araújo.

Denúncia anônima - Márcio Pereira informou à Comissão que a denúncia envolvendo o seu nome foi recebida pelo Ministério Público de forma anônima, através de um documento. De acordo com ele, a sua destituição do cargo foi injusta. "Não entendi como fui exonerado, se a auditoria realizada não corroborou as acusações." Pereira afirmou que assumiu a loteria com um saldo de R$ 400 mil, deixando-a com R$ 23 milhões. Seu objetivo era regulamentar 15 mil máquinas. "Atualmente existem 60 mil operando de forma irregular em todo o Estado de Minas Gerais", concluiu.

O presidente da Associação das Empresas de Diversões Eletrônicas Interativas Off-Line, Celso Schill, disse que, no Brasil, o trabalhador que atua no setor de jogos eletrônicos é considerado contraventor. "Importamos as máquinas legalmente e com o aval do Governo Federal. Quando funcionávamos, os impostos eram pagos regularmente. Queremos ter o direito de trabalhar", declarou. Schill lembrou que o Estado está deixando de faturar uma quantia relevante em impostos. "Em cada máquina eram cobrados R$ 325,00, mas agora o governo não arrecada mais. O Estado tem 60 mil de máquinas atuando na clandestinidade, nas quais não é aferido dinheiro algum", afirmou. Ainda segundo Schill, 70 mil pessoas dependem do trabalho com as máquinas para sobreviver, e a associação está sob intervenção. "O Ministério Público confiscou tudo que havia no nosso escritório. Não somos criminosos", comentou.

REQUERIMENTOS APROVADOS

Na reunião da Comissão, foram aprovados os seguintes requerimentos: do deputado Márcio Kangussu (PPS), solicitando visitas da Comissão a outros Estados, com a finalidade de obter subsídios para os trabalhos; e do deputado Luiz Fernando Faria (PPB), solicitando a prorrogação do prazo da Comissão por mais 30 dias.

Presenças

Estiveram presentes à reunião os deputados Alencar da Silveira Júnior (PDT), presidente da Comissão; Márcio Kangussu (PPS), vice-presidente; Luiz Fernando Faria (PPB), relator; Dilzon Melo (PTB); e Gil Pereira (PPB).

 

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