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             Secretário presta esclarecimentos sobre suplementação  
             
            O pedido de elevação do limite para abertura de 
            crédito suplementar ao Orçamento estadual de 2001, de 2% para 8% da 
            despesa, feito pelo Executivo à Assembléia Legislativa por meio do 
            Projeto de Lei (PL) 1.799/2001, visa permitir ajustes contábeis no 
            Orçamento deste ano, sobretudo para pagamento de pessoal. O 
            orçamento fiscal de 2001 é de R$ 17,5 bilhões, e o limite atual, de 
            2%, representa um valor de R$ 350 milhões. Até o dia 29 de outubro, 
            o Governo já havia utilizado R$ 298 milhões em suplementação, 
            restando, ainda, R$ 52 milhões. 
            O acréscimo solicitado, de 6%, corresponde a R$ 1 
            bilhão e 50 milhões, o que daria ao Executivo a possibilidade de 
            novas suplementações até o limite de R$ 1 bilhão e 102 milhões. A 
            previsão é de que 94% deste montante, R$ 1 bilhão e 34 milhões, 
            sejam destinados a gastos com pessoal. As informações são do 
            secretário de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, Frederico 
            Penido Alvarenga, que compareceu, nesta terça-feira (30/10/2001), à 
            Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, para prestar 
            esclarecimentos sobre o PL 1.799/2001. A audiência foi solicitada 
            pelo deputado Dilzon Melo (PTB). 
            De acordo com o secretário, a suplementação não 
            implicará cortes nas rubricas orçamentárias nem cancelamento de 
            obras, uma vez que os recursos extras referem-se a aumento da 
            arrecadação de ICMS. O secretário lembrou, ainda, que o limite 
            atual, de 2%, para a abertura de crédito suplementar ao orçamento 
            fiscal, é historicamente o menor limite em um orçamento estadual. Em 
            1995, o limite inicial era de 25% e foi ampliado, posteriormente, 
            pela Assembléia, para 40%. Em 1996, o limite foi de 15%; nos anos de 
            1997, 1998 e 1999 foi de 10%. Em outubro do ano passado, o 
            governador também encaminhou à Assembléia projeto elevando de 8% 
            para 12% o limite para abertura de crédito suplementar ao orçamento 
            de 2000. 
            Frederico Penido afirmou, também, que o aumento na 
            previsão de gastos com pessoal deveu-se ao crescimento vegetativo da 
            folha, da ordem de 4% ao ano, e a reajustes salariais de algumas 
            categorias, como policiais militares - que representam 25% do total 
            da folha de pagamentos - e policiais civis - cerca de 10% da folha; 
            além de acordo judicial sobre cargos de direção e reajustes pontuais 
            na Secretaria de Justiça. 
            LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 
            
            O secretário disse, ainda, que o Estado terá 
            dificuldades para se enquadrar ao limite de gasto com pessoal 
            imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal que é de 60% da receita 
            corrente líquida, até dezembro de 2002, para os três Poderes (49% 
            para o Executivo, 6% para o Judiciário, 3% para o Legislativo, 
            incluindo-se o Tribunal de Contas, e 2% para o Ministério Público). 
            A proposta orçamentária para 2002 enviada à Assembléia prevê gastos 
            de 71% com pessoal. "Para fazer o ajuste necessário para cumprir a 
            LRF, teríamos que demitir mais de 50 mil servidores", avaliou 
            Penido. "Mas a possibilidade disso acontecer é praticamente nula, 
            pois isso implicaria fechar hospitais e salas de aula", 
            continuou. 
            Segundo o secretário, o número de servidores tem 
            caído desde 1999 e o percentual do orçamento comprometido com 
            pessoal também tem diminuído, com a não-reposição das 
            aposentadorias. "O Estado vai ter que decidir entre manter os 
            serviços essenciais, sobretudo na área de educação, saúde e 
            segurança, onde estão a maioria dos funcionários, ou cumprir a Lei 
            de Responsabilidade Fiscal", declarou. 
            Funderur - A segunda parte 
            da reunião, que iria debater o PL 1.763/2001, do governador, que 
            autoriza a abertura de crédito especial em favor do Fundo Estadual 
            de Desenvolvimento Rural (Funderur), foi cancelada devido à ausência 
            do representante do BDMG, que justificou o não-comparecimento. 
            Presenças 
            
            Compareceram à reunião os deputados Mauro Lobo 
            (PSB) - que a presidiu, Dilzon Melo (PTB), Rêmolo Aloise (PFL), 
            Rogério Correia (PT), Antônio Carlos Andrada (PSDB) e Maria Olívia 
            (PSDB). Como convidados, estiveram presentes o secretário de Estado 
            de Planejamento e Coordenação Geral, Francisco Penido de Alvarenga; 
            o secretário-adjunto Paulo Roberto Araújo; e a técnica Luzia Soraia 
            Silva, também da Seplan. 
            
              
              
          
            
              
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