Comunidade científica defende construção de planetário

Professores, pesquisadores, arquitetos e autoridades defenderam, nesta segunda-feira (22/10/2001), a construção do pr...

11/12/2001 - 17:57
 

Comunidade científica defende construção de planetário

Professores, pesquisadores, arquitetos e autoridades defenderam, nesta segunda-feira (22/10/2001), a construção do primeiro planetário de Minas Gerais, a ser instalado na região da Pampulha, em Belo Horizonte, em um terreno da UFMG próximo ao estádio Mineirão. Eles participaram da audiência pública promovida pelas Comissões de Turismo, Indústria e Comércio; de Meio Ambiente e Recursos Naturais; e de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia, a requerimento do deputado Márcio Cunha (PMDB). A audiência teve como objetivo conseguir apoio político, governamental e empresarial para a criação de um centro de ensino e divulgação da astronomia e ciências afins em Minas Gerais, único estado das regiões Sul e Sudeste que não possui um planetário.

"O planetário é um empreendimento auto-sustentável, que se tornará uma atração turística na cidade", afirmou o deputado Márcio Cunha, que ressaltou também o valor pedagógico do empreendimento. Segundo ele, está sendo elaborado um projeto, a ser apresentado em breve na Assembléia Legislativa, criando o Clube de Amigos do Planetário. O assistente especial da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, Antônio Orlando Macedo Ferreira, disse que o centro de ensino é uma aspiração de toda comunidade científica e que seu objetivo é, principalmente, despertar o interesse da comunidade para a ciência.

A criação de empregos, o estímulo ao turismo e os benefícios culturais, educacionais e científicos também foram ressaltados por outros convidados, como o reitor em exercício da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mauro Braga; e gerente de Desenvolvimento Tecnológico do BDMG, Carlos Fernando, que afirmou que o Estado está se esforçando para viabilizar o projeto. O pró-reitor de Extensão da UFMG, Edilson Correia, disse que a universidade está buscando apoio na sociedade para a construção do planetário.

O coordenador do Centro de Estudos Astronômicos da UFMG, Renato Las Casas, expôs o projeto enfatizando a necessidade da criação do centro na formação intelectual do povo. Para ele, "não há uma maneira de se ter um povo soberano se não tivermos um povo culto". A respeito do orçamento, o coordenador afirmou que serão necessários R$ 15,7 milhões, mas a universidade já dispõe de cerca de R$ 3 milhões, incluindo o terreno para a construção.

"O centro será um equipamento do ensino não formal que virá para complementar o ensino formal", afirmou o representante da Zeiss - Indústria de Planetários Óticos - a respeito do Planetário. Segundo ele, o projeto vai proporcionar uma viagem pelo espaço, e despertar o interesse da sociedade para as questões da ciência e da tecnologia. O representante da Usiminas, Guilherme Tôrres da Cunha Jardim, ressaltou a importância de "conhecer a história e democratizar o conhecimento", o que seria alcançado a partir da instalação do planetário. Para Guilherme Tôrres da Cunha Jardim, é importante que sejam feitas parcerias entre instituições de ensino públicas e privadas.

Presenças - Participaram da audiência pública os deputados Álvaro Antônio (PDT), 3°-secretário da Assembléia, que presidiu a reunião; Márcio Cunha (PMDB), e Paulo Piau (PFL); além do assistente especial da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, Antônio Orlando Macedo Ferreira; do pró-reitor de Extensão da UFMG, professor Edilson Correia; do coordenador do Projeto Planetário de Belo Horizonte, professor Las Casas; do presidente da Associação Brasileira de Planetários, Órmis Durval Rossi; do representante da Zeiss - Indústria de Planetários Óticos, Luiz Sampaio; do representante da Usiminas, Guilherme Tôrres da Cunha Jardim; do gerente de Desenvolvimento Tecnológico do BDMG, Carlos Fernando; e do reitor em exercício da UFMG, professor Mauro Braga.

Planetário Móvel e telescópios - Durante a audiência pública, a UFMG também coordenou vários eventos que aconteceram durante todo o dia. O público pôde visitar, no Hall das Bandeiras, duas réplicas de planetários do Museu de Astronomia do Rio de Janeiro, os planetários móveis. Palestras multimídia de astronomia com professores da UFMG, quiosques de Física e um laboratório interativo também foram oferecidos durante toda a tarde. Foram instalados 15 telescópios para a observação de aglomerados estrelares como M7 e M8, da constelação de Escorpião, e para observação da Lua e do planeta Marte.

 

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