Adiada votação de parecer sobre substitutivo da anistia fiscal

Foi adiada a apreciação do parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária sobre o substitutivo nº 1, q...

11/12/2001 - 17:57
 

Adiada votação de parecer sobre substitutivo da anistia fiscal

Foi adiada a apreciação do parecer da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária sobre o substitutivo nº 1, que dispõe sobre a anistia fiscal e foi apresentado ao Projeto de Lei (PL) 1.279/2000, do governador do Estado. O adiamento foi pedido pelo relator, deputado Rêmolo Aloise (PFL), nesta quarta-feira (17/10/2001). Ele argumentou que não tem condições de emitir parecer sobre a matéria sem ouvir o secretário de Estado da Fazenda. Entre outros pontos, o deputado quer informações sobre a destinação de valores arrecadados com outras anistias, os honorários advocatícios pagos aos procuradores da Fazenda e implicações da proposta com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A Comissão de Fiscalização Financeira aprovou, portanto, requerimento do deputado Rêmolo Aloise pedindo a convocação do secretário. Requerimento do deputado Rogério Correia (PT) incluiu no convite representantes do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado (Sindifisco); e requerimento do deputado Mauro Lobo (PSB), presidente da Comissão, incluiu representantes da Federaminas, Federação das CDLs, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg). Segundo o presidente, a reunião para ouvir o secretário deverá ser marcada para a próxima segunda-feira (22), à noite.

OUTRAS EMENDAS

O PL 1.279/2000 originalmente adapta a legislação tributária do Estado às disposições das Leis Complementares Federais 99/99 e 102/2000. O substitutivo nº 1 foi apresentado em Plenário, na fase de discussão em 1º turno, pelo presidente da Assembléia, deputado Antônio Júlio (PMDB), e regulamenta a anistia a juros e multas sobre cobrança de ICMS. Também no Plenário foram apresentadas mais duas emendas ao projeto, de autoria dos deputados Djalma Diniz (PSDB) e Dimas Rodrigues (PMDB), que também serão analisadas pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

Durante a reunião, o deputado Rogério Correia, vice-líder do PT, disse que a bancada vai apresentar ao relator mais 11 emendas. Entre elas, destacou a que especifica o vínculo dos recursos da anistia para o pagamento do 13º salário dos servidores públicos, a que diminui o número de parcelas, emendas para beneficiar o bom pagador e a que suprime o artigo 15 do substitutivo. Segundo o deputado, o substitutivo permite o parcelamento de débitos em até 10 anos, o que a bancada do PT considera "um exagero". A emenda da bancada do PT estabelece o máximo de 12 parcelas. O artigo 15 estabelece que, quando requerido e justificado pelo contribuinte, o secretário da Fazenda, ouvido o procurador-geral da Fazenda Estadual, fará retornar à fase inicial o processo que se encontra em execução fiscal, ou não, para reexame da Ação Fiscal.

O deputado Agostinho Silveira (PL), disse que sua bancada vai apresentar mais duas emendas - uma para garantir a todo contribuinte que esteja em dia com o pagamento do ICMS a compensação, em parcelas futuras, de multas pagas nos últimos 12 meses, e a outra para garantir aos contribuintes quer procurarem o Fisco para parcelamento de parcelas vincendas também sejam beneficiados com os descontos para juros e multas previstos no projeto. Para serem apreciadas pelo Plenário, as emendas devem ser acatadas pelo relator, deputado Rêmolo Aloise (PFL).

GREVE DOS AGENTES FAZENDÁRIOS

A Comissão também aprovou requerimento do deputado Rogério Correia (PT) solicitando que seja realizada uma audiência para discutir a greve dos agentes fazendários e a repercussão para o Estado da paralisação na arrecadação de tributos. Serão convidados para a reunião, em data ainda a ser definida, os secretários de Estado da Administração e Recursos Humanos e da Fazenda, além de representantes do Sindipúblicos e do Sindifisco.

PRESENÇAS

Participaram da reunião os deputados Mauro Lobo (PSB) - presidente; Dilzon Melo (PTB); Luiz Fernando Faria (PPB); Rêmolo Aloise (PFL); Rogério Correia (PT); Marcelo Gonçalves (PDT); Antônio Júlio (PMDB); Djalma Diniz (PSDB); Adelmo Carneiro Leão (PT) e Agostinho Silveira (PL).

 

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