A Lei 13.270/99, que dispõe sobre a execução do Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), deixou de ser
discutida pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, nesta
quarta-feira (3/10/2001), porque os secretários de Estado convidados não
compareceram à reunião nem enviaram representantes. Apenas atenderam o
convite o diretor da Coordenação Sindical de Minas Gerais, Renato Barros;
e o procurador Luciano Fialho, representante da procuradora-geral do
Estado, Carmen Lúcia Antunes Rocha. Também estava sendo esperado um
representante do secretário de Estado de Recursos Humanos e Administração,
Mauro Santos Ferreira. O secretário de Estado do Planejamento e
Coordenação, Frederico Penido de Alvarenga, justificou a ausência dizendo
que o assunto é pertinente à Secretaria de Recursos Humanos.
O cancelamento da reunião foi proposto pelo deputado
Rogério Correia (PT). Para ele, seria infrutífero realizar a discussão sem
informações do Poder Executivo sobre a aplicação de recursos do Pasep. O
deputado apresentou requerimento, aprovado pela Comissão, para que também
seja convidado para próxima reunião o representante do Sindicato dos
Servidores da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais
(Sindalemg), Guaraci Marques. O deputado Rêmolo Aloise (PFL) criticou a
ausência dos secretários e sugeriu que os convidados definam uma próxima
data para discutir o assunto. Renato Barros, da Coordenação Sindical,
reivindicou mais transparência do Executivo na aplicação de recursos do
Pasep.
REQUERIMENTOS
A Comissão também aprovou dois requerimentos do deputado
Rêmolo Aloise (PFL), com pedidos de informações. O deputado solicitou que
seja encaminhado pedido de informações sobre os contratos realizados pelo
Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG) com as empresas
que se encontram em fase de execução, com a relação e os valores de cada
contrato. Atendendo a questionamento de Rêmolo Aloise, o presidente da
Comissão, deputado Mauro Lobo (PSB), disse que vai consultar a assessoria
jurídica para confirmar se, no caso de empréstimos concedidos com fundos
públicos, o BDMG pode alegar a proteção do sigilo bancário para negar as
informações.
O outro requerimento do deputado Rêmolo Aloise convida o
presidente e a diretora Administrativa e Financeira da Cervejaria Cintra,
de Mogi Mirim (SP); o proprietário da empresa São Matheus, do Estado do
Espírito Santo; e da Empresa Beira-Mar, de Contagem, para prestarem
esclarecimentos sobre a denúncia apresentada pelo deputado Durval Ângelo
(PT), na tribuna do Plenário, sobre sonegação fiscal.
Do deputado Bené Guedes (PDT), foi aprovado requerimento
solicitando do presidente do BDMG, obedecendo as normas internas do Banco
Central do Brasil, uma maior flexibilidade na renegociação com mutuários
inadimplentes.
APRECIAÇÃO DE PROJETOS
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária
aprovou, ainda nesta quarta-feira, parecer favorável de 1º turno ao
Projeto de Lei (PL) 642/99, do deputado Antônio Andrade (PMDB), que
autoriza o Poder Executivo a doar imóvel ao município de Rio Paranaíba. O
relator foi o deputado Dilzon Melo (PTB). Também teve parecer favorável de
1º turno aprovado o PL 1.213/2000, do governador, que autoriza o Executivo
a doar imóvel ao município de Lagoa da Prata. O relator, deputado Luiz
Fernando Faria (PPB) opinou pela aprovação com a emenda nº 1, da Comissão
de Constituição e Justiça.
Diligência - O PL 323/99, do
deputado Bilac Pinto (PFL), será convertido em diligência à Cohab, por
determinação do presidente da Comissão. O projeto autoriza o Executivo a
doar imóvel ao município Santa Rita de Caldas.
Prazo - O deputado Rogério
Correia (PT) pediu o prazo regimental para emitir parecer sobre o PL
694/2001, do deputado João Batista de Oliveira (PDT), que dispõe sobre
sanções às práticas discriminatórias contra pessoas em virtude de sua
orientação sexual. Também a pedido do deputado Rogério Correia foi
retirado da pauta o PL 1.422/2001, do governador, que dispõe sobre a
criação do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas
Gerais (Idene).
Outro projeto que deixou de ser apreciado foi o PL
1.585/2001, do deputado Marco Régis (PPS), que dispõe sobre a redução do
ICMS incidente no açúcar e no álcool produzidos pelas usinas que
produzirem energia elétrica a partir de biomassa. O relator, deputado
Dilzon Melo (PTB), opinou pela aprovação do projeto na forma do
substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça. O parecer, no
entanto, não foi votado porque o deputado Luiz Fernando Faria (PPB) pediu
prazo para examinar a proposição.
PRESENÇAS
Participaram da reunião os deputados Mauro Lobo (PSB) -
presidente; Dilzon Melo (PTB); Luiz Fernando Faria (PPB); Rêmolo Aloise
(PFL) e Rogério Correia (PT).