O concurso público anunciado pelo governador Itamar Franco e o plano de carreira para os servidores da área de educação foram os principais temas tratados pelo secretário de Estado da Educação, Murílio Hingel, na Reunião Especial desta terça-feira (5/6/2001), em Plenário. O secretário apresentou, também, dados relativos às políticas educacionais do Estado, considerando 2001 o ano da valorização do magistério.

De acordo com Murílio Hingel, a Instituição Mineira de Administração Municipal, vencedora do processo licitatório, será a responsável pela realização do concurso, que contempla 53.171 vagas para todos os segmentos da área da educação. O prazo para as inscrições será a segunda quinzena de junho e as provas serão realizadas na primeira quinzena de julho. A expectativa da Secretaria é de que sejam feitas cerca de 700 mil inscrições. O edital do concurso deverá estar publicado no Diário Oficial e nos principais jornais do Estado na próxima semana, no dia 12 de junho.

Segundo Murílio Hingel, a Secretaria de Estado da Educação está promovendo o Sistema de Avaliação da Educação Pública (Simave), que se difere dos demais sistemas de avaliação, no que diz respeito à universalidade, pois não trabalha com amostras. Além da desigualdade de oportunidades na educação brasileira, outro "ponto falho e bastante grave" apontado pelo secretário está na educação infantil.

Sobre o plano de carreira para a área de educação, o secretário disse não poder ser conclusivo, pois a proposta oficial da Secretaria de Estado da Educação, entregue ao governador do Estado e à Secretaria de Recursos Humanos e Administração, foi considerada inviável por questão de ordem administrativa. Segundo Murílio Hingel, "não há insensibilidade por parte do governo", e o assunto será retomado no Fórum Mineiro de Educação, do dia 22 de junho a 25 de outubro. No Fórum, serão definidos os contornos da Lei de Diretrizes e Bases da educação mineira e será debatido o tema magistério.

O deputado Rogério Correia (PT), um dos autores do requerimento que originou a reunião, falou da importãncia de uma educação de qualidade para todos. "Menos de 7,5% da população brasileira têm acesso ao ensino superior", destacou.

PRESENÇAS - Participaram da reunião o presidente da Assembléia, deputado Antônio Júlio (PMDB), que abriu os trabalhos; e deputados Doutor Viana (PMDB), que presidiu os debates; Rogério Correia (PT), autor do requerimento que originou a reunião, dentre outros; e o coordenador-geral do Sind-UTE, Antônio Carlos Hilário, além do secretário-adjunto, Agamenon José Siqueira.

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