CPI da Nike vai pedir indiciamento de Elmer Guilherme
Os deputados federais Léo Alcântara (PSDB/CE) e Jurandil Juarez (PMDB/AM), integrantes da CPI da Nike/CBF da Câmara d...
18/05/2001 - 10:31
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CPI da Nike vai pedir indiciamento de Elmer Guilherme Os deputados federais Léo Alcântara (PSDB/CE) e Jurandil Juarez (PMDB/AM), integrantes da CPI da Nike/CBF da Câmara dos Deputados, ouviram, nesta quinta-feira (17/5/2001), na Assembléia Legislativa, o proprietário e o ex-sócio da Mineração Lisboa, Marcelo Eustáquio Lisboa e Jaime Afonso Lisboa, respectivamente, acusados de envolvimento em negócios com a Federação Mineira de Futebol (FMF). Depois de ouvir os depoentes e comparando as informações prestadas por eles e pelo presidente da FMF, Elmer Guilherme, o deputado Léo Alcântara afirmou que irá entregar, nesta sexta-feira (18/05/2001), ao relator da CPI, Sílvio Torres (PSDB/SP), seu sub-relatório. Nele, pedirá o indiciamento do presidente da Federação Mineira de Futebol. "Averiguamos que o depoimento de Elmer Guilherme não tem fundamento. Estão cometendo um crime contra o sistema financeiro, um verdadeiro estelionato", indignou-se Léo Alcântara. Segundo os deputados, o presidente da FMF, Elmer Guilherme, afirmou, em reunião anterior da CPI, ter recebido, sob a forma de empréstimo, quitado posteriormente, o valor de R$1.000.606,00 da Mineração Lisboa. A quantia seria usada como adiantamento da cota a ser paga a clubes para disputarem a Copa Centenário, em 1997, entre eles o Milan. O advogado dos proprietários da mineração, Hélio Barbosa, desmentiu a afirmação de Elmer Guilherme, alegando ter a firma um patrimônio anual de R$ 7.440,00 e prejuízo de R$ 2.190,00. "É uma empresa familiar, que nunca emprestou nem recebeu dinheiro da Federação", afirmou o advogado. O proprietário da Mineração Lisboa negou conhecer Elmer Guilherme, alegando não ter nenhum envolvimento com clubes de futebol. O advogado Hélio Barbosa se prontificou a encaminhar aos deputados os extratos bancários da empresa, nos anos de 1997 a 2000, em, no máximo, 60 dias. "Pretendo entrar com processo na Justiça contra a FMF e demais pessoas responsáveis pelas informações", acrescentou. O advogado pretende pedir, ainda, cópia de contrato da possível transação informada por Elmer Guilherme. O sigilo bancário da FMF já foi quebrado, sendo constatado que o valor de R$1.000.606,00 foi repassado, através de cheque nominal, à Mineração Lisboa; e que grande parte desta quantia foi parar na conta da empresa atacadista de alimentos, J.B Duarte S.A..
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