Representantes das entidades que estão organizando o Movimento "Minas em Defesa das Águas" reuniram-se nesta segunda-feira (23/4/2001), na Assembléia Legislativa. Foi decidida a criação de uma comissão, coordenada pelo deputado Anderson Adauto (PMDB), com o objetivo de analisar as privatizações e a regulação tarifária do setor elétrico. Formada por representantes do Sindieletro, da Assembléia Legislartiva, da OAB, UFMG, CREA, Procon e outras entidades, a comissão, além de realizar campanhas de conscientização, deverá questionar na Justiça a má-gestão do setor elétrico por parte do governo federal e verificar a regulação tarifária, com participação popular, por intermédio do Poder Legislativo.

Atualmente, a regulação é feita entre as empresas, com interveniência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O questionamento da política de privatização do setor elétrico será feita a partir do malogro dos objetivos propostos pelo governo, como redução das tarifas, aumento da oferta de energia e da geração de novos empregos.

O movimento envolve cerca de 40 entidades patronais, de trabalhadores, associações comunitárias, ambientalistas, de recursos hídricos e órgãos governamentais. Entre as propostas discutidas na primeira reunião do movimento, realizada no final de março, estão a realização de um ciclo de debates para discutir a gestão das águas, a privatização de Furnas e a transposição das águas do Rio São Francisco. Outro ciclo de debates, a ser realizado possivelmente em junho, tratará da atuação dos legislativos nas bacias hidrográficas interestaduais; visitas técnicas e audiências públicas da Comissão de Meio Ambiente a cidades-pólos das bacias hidrográficas dos Rios Doce, São Francisco, Grande e Paranaíba. Está prevista também a realização de atos públicos e manifestações.

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