A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, representada pelo seu presidente, deputado Edson Rezende (PSB), visitou, nesta quarta-feira (11/4/2001), a penitenciária de Itaúna, criada e mantida pela Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac). A unidade é reconhecida pelo seu trabalho de reintegração e reabilitação dos presidiário. O deputado Edson Rezende ficou entusiasmado com o tratamento humanitário dado aos "recuperandos". Segundo ele, a experiência mostra que é possível recuperar os presidiários.

A Apac é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) e o modelo utilizado em Itaúna foi adotado há 28 anos. A unidade é considerada modelo de recuperação de presos no Brasil. O índice de reincidência é de 9,6%, enquanto a média da população carcerária é de 80%. Todo o controle e administração é feito pelos próprios "recuperandos", sem participação de policiais. Há três regimes em atividade: aberto, semi-aberto e fechado. Entre os cursos oferecidos estão o de artesanato, cabeleireiro, computação, violão e de servente. Os presos também podem freqüentar cursos supletivos, tele-cursos e de alfabetização.

O presídio foi construído pela própria comunidade, com capacidade para 40 presos, a um custo de R$240 mil. Atualmente, há 88 "recuperandos" na Apac, divididos entre os diversos regimes, com idades entre 18 e 25 anos e todos com famílias residentes no município de Itaúna. A unidade funciona sem ajuda governamental e está em dificuldades financeiras, com uma dívida de R$ 5 mil. Atualmente tem 700 sócios contribuintes.

Também participaram da visita representantes da Associação dos Praças, do Conselho da Comunidade de Belo Horizonte e da Pastoral Carcerária.

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