Em entrevista coletiva na Sala de Imprensa nesta segunda-feira (11/12/2000), o ex-presidente da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), Carlos Cotta, divulgou os resultados das interpelações em que solicitou ao Governo de Minas Gerais que comprovasse na Justiça que ele teria gasto US$ 36 milhões, nos anos de 1997 e 1998, com as obras de reforma, restauração e modernização do Grande Hotel de Araxá.

Segundo Cotta, que estava acompanhado pelo deputado Amilcar Martins (PSDB) e presidiu a Comig por oito anos, de 1991 a 1998, essas declarações foram feitas reiteradas vezes pelo atual presidente da empresa, o secretário de Estado da Casa Civil e Comunicação Social Henrique Hargreaves, em entrevistas à imprensa, quando o acusou de desviar dinheiro da Comig para fazer obras em sua terra natal, Dom Silvério, e em sua região eleitoral, Coronel Fabriciano. "As acusações feitas por Hargreaves não foram confirmadas na Justiça, por isso, sinto-me na obrigação de prestar esta satisfação à sociedade e à imprensa", disse.

Carlos Cotta apresentou gráficos e demonstrativos indicando investimentos de R$ 22.178.533,00, dinheiro da Comig, acrescidos de R$ 2.991.139,00 da Companhia Mineira de Metalurgia e Mineração (CBMM), com a execução de 90% das obras. Para os 10% restantes, a empresa previa gastos de R$ 2.911.000,00. "Reafirmo, portanto, que são improcedentes e equivocadas as acusações do presidente Henrique Hargreaves, que não foram comprovadas por ele na Justiça", reiterou.

Ele disse, também, que o Estado hoje é beneficiado com 96% da renda da Comig, que é proveniente de Araxá, sendo que, desta quantia, 95% provêm da CBMM e de 1% da Arafértil. "Os governadores Hélio Garcia e Eduardo Azeredo foram os únicos que entenderam essa situação de Araxá e deram retorno a este município em obras no Barreiro de Araxá, através da Comig", afirmou.

Responsável pela informação: Juliana Reis- ACS - 31-2907715