A Assembléia Legislativa de Minas sediou, nesta quarta-feira (06/12/2000), a solenidade de lançamento das ações do Comitê de Minas Gerais do Fórum Social Mundial, que vai preparar e divulgar o Fórum, a ser realizado de 25 a 30 de janeiro de 2001, em Porto Alegre (RS), com o objetivo de discutir um novo projeto em contraposição ao modelo neoliberal, hoje hegemônico. O evento, no Salão Nobre, contou com as presenças dos deputados Anderson Adauto (PMDB), Sávio Souza Cruz (PSB), Ivo José (PT), Durval Ângelo (PT), João Leite (PSDB) e Rogério Correia (PT), além dos coordenadores do Comitê, Maria Dirlene Marques e Eugênio Celso Gonçalves, e representantes de diversas entidades e sindicatos.

O Fórum vai contar com as participações, entre outros, de Bernard Cassen, presidente da ATTAC (entidade que propõe a taxação dos capitais flutuantes) na França e diretor do jornal Le Monde Diplomatique; João Pedro Stédile, dirigente nacional do MST; Milton Santos, geógrafo brasileiro; José Saramago, escritor português; Luiz Inácio Lula da Silva, presidente de honra do PT; Daniele Mitterand, presidente da France Libertè; Frei Beto, frade dominicano e escritor; Emir Sader, sociólogo brasileiro; e Ben Bella, primeiro presidente da Argélia.

A iniciativa, que tem o apoio do Le Monde Diplomatique, está em sintonia com o Fórum "Políticas Macroeconômicas Alternativas para o Brasil", promovido pela Assembléia Legislativa em 1999 e em 2000. Participam do Comitê de Minas Gerais os deputados Anderson Adauto (PMDB), presidente do Legislativo mineiro, e Durval Ângelo (PT), 2º-vice-presidente. A entidade organizadora do Comitê é a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil).

O Fórum Social Mundial será um novo espaço internacional para a reflexão e a organização dos grupos que se contrapõem às políticas neoliberais. Ele vai acontecer todos os anos, a partir de 2001, simultaneamente ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça, sempre no final de janeiro. O Fórum Econômico tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na formulação do pensamento neoliberal, tendo como base organizacional uma fundação suíça que funciona como consultora da Organização das Nações Unidas (ONU) e é financiada por mais de mil empresas multinacionais.

Segundo as entidades que apóiam o Fórum Social Mundial, o evento será voltado para a formulação de alternativas, para a troca de experiências e para a construção de articulações entre ONGs, movimentos sociais, sindicatos, associações e entidades religiosas, em cada país e em nível continental e mundial.

Responsável pela informação: Jorge Pôssa - ACS - 31-2907715