O deputado Antônio Júlio (PMDB) foi eleito presidente da Assembléia Legislativa para o biênio 2001/2002, com 64 votos. A eleição foi realizada durante Reunião Especial, no Plenário, na manhã desta quarta-feira (05/12/2000), com a presença de 72 dos 77 parlamentares. Apenas a bancada do PSB não participou da reunião.

A posse da nova Mesa será no dia 15 de fevereiro de 2001, quando serão iniciados os trabalhos do 2º biênio da 14ª Legislatura.

Os outros deputados eleitos para integrar a Mesa foram:

• 1º-vice-presidente, Alberto Pinto Coelho (PPB) - 40 votos;

• 2º-vice-presidente, Ivo José (PT) - 39 votos;

• 3º-vice-presidente, Olinto Godinho (PTB) - 62 votos;

• 1º-secretário, Mauri Torres (PSDB) - 61 votos;

• 2º-secretário, Wanderley Ávila (PPS) - 62 votos;

• 3º-secretário, Álvaro Antônio (PDT) - 35 votos.

Três deputados integrantes da chapa completa, que havia sido registrada, não foram eleitos: Rêmolo Aloise (PFL), candidato a 1º-vice-presidente (32 votos); Luiz Fernando Faria (PPB), candidato a 2º-vice-presidente (29 votos); e Alencar da Silveira Júnior (PDT), candidato a 3º-secretário (20 votos). Além dos deputados eleitos, em candidaturas avulsas, concorreram à eleição os deputados Irani Barbosa (PSD), para presidente (7 votos), e João Batista de Oliveira (PDT), candidato a 3º-secretário (16 votos).

Foram registrados: um voto em branco para a presidência; um voto nulo e três em branco para 2º-vice-presidente; 10 votos em branco para 3º-vice-presidente; 11 votos em branco para 1º-secretário; 10 votos em branco para 2º-secretário e um voto em branco para 3º-secretário.

Após a proclamação do resultado, o deputado Antônio Júlio (PMDB) fez pronunciamento dizendo que a eleição veio confirmar a atitude independente e coesa assumida pela Assembléia, sem permitir que ingerências externas comprometessem a autonomia do Legislativo. Ele defendeu a independência do Poder e afirmou que vai lutar para restabelecer o diálogo com o Executivo. Antônio Júlio disse que vai trabalhar para que sejam atendidas as emendas orçamentárias dos deputados. "É preciso que o Executivo se sensibilize para o fato de que estamos propondo dotações para as administrações municipais, e não para atender interesses específicos", ressaltou.

O presidente eleito disse, ainda, que propostas como a reforma administrativa ainda merecem reserva. Ele posicionou-se contra a privatização da Cemig e reafirmou que vai continuar a valorizar a função político-parlamentar da Assembléia, como fez o atual presidente, Anderson Adauto (PMDB).

Empresário no setor de metalurgia, material de construção e eletricidade; prefeito de Pará de Minas (1983/88); fundador da Associação Microrregional do Centro-Oeste (Ameco). Vice-presidente da Comissão de Política Energética, Hídrica e Minerária da Assembléia Legislativa (1991/92); vice-líder da Bancada do PMDB (1992); presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia (1993/94) e atual corregedor da Assembléia Legislativa. Está no terceiro mandato consecutivo (Legislaturas: 12ª - 1991-1995; 13ª - 1995-1999; 14ª - 1999-2003. É presidente da CPI da Rodoviária e vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça.

Administrador de empresas; empresário de radiodifusão; diretor do Dentel/MG (1986/90) e diretor administrativo da Telemig (1990/94). Está no segundo mandato consecutivo (13ª - 1995-1999 e 14ª - 1999-2003).

Técnico em eletrônica e metalúrgico; foi diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT) (1986); chefe de gabinete da Prefeitura Municipal de Ipatinga (1989/90); Técnico Eletrônico e Telecomunições Ericson do Brasil - SP (1974/76), Telemig/Itabira (1976/79), Usiminas/Ipatinga (1979/85), Telemig/Timóteo (1985/90). Está no terceiro mandato consecutivo (Legislaturas: 12ª - 1991-1995; 13ª - 1995-1999 e 14ª - 1999-2003). É presidente da Comissão de Trabalho, da Previdência e da Ação Social e vice-presidente da CPI do Fundo Somma.

Empresário do setor de laticínios. Diretor comercial do Laticínio Sevilha; conselheiro fiscal do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais (Silemg). Vice-líder do PTB (1998); vice-líder da Bancada do Partido Liberal (1995/97); líder da Bancada do Partido Liberal (1996); vice-líder do Bloco PSDB/PL/PTB (1997). Está no segundo mandato consecutivo (Legislaturas: 13ª - 1995-1999 e 14ª - 1999-2003). É vice-presidente da CPI da Rodoviária e membro das Comissões de Fiscalização Fiscalização Financeira e Orçamentária e da CPI das Licitações.

Pecuarista e empresário na construção civil. Fundador e presidente da Cooperativa de Crédito dos Servidores da Prefeitura de João Monlevade; fundador da Cooperativa de Ensino de João Monlevade; vice-presidente da Apae em João Monlevade. Foi líder e vice-líder do PMDB; vice-presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. Filiou-se ao PSDB em 1995. Atualmente é corregedor substituto na Assembléia. Está no terceiro mandato consecutivo (Legislaturas: 12ª - 1991-1995; 13ª - 1995-1999 e 14ª - 1999-2003). É presidente da Comissão Especial do BNDES e membro da Comissão de Defesa do Consumidor.

Professor e advogado. Prefeito de Pirapora (1983/88); membro da Cipe-São Francisco; fundador e presidente do diretório do PSDB de Pirapora; membro do Conselho Curador da Feam; membro do Conselho da Ademg. Vice-presidente da Mesa (1995-96); Foi vice-líder (1991/92) e líder (1993/94) do PSDB. Está no terceiro mandato consecutivo (Legislaturas: 12ª - 1991-1995; 13ª - 1995-1999 e 14ª - 1999-2003. É vice-presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização.

Engenheiro e Empresário; Vereador em Belo Horizonte (1970/82) e presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (1973); líder do prefeito na Câmara Municipal de Belo Horizonte (1974); vice-prefeito de Belo Horizonte (1985/88); secretário de Estado dos Transportes (1983/85); deputado federal (1986/90). Está no quarto mandato, terceiro consecutivo (Legislaturas: 10ª - 1983-1987; 12ª - 1991-1995; 13ª - 1995-1999 e 14ª - 1999-2003. É presidente da Comissão de Transportes, Comunicação e Obras Públicas.

A bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) distribuiu nota à imprensa comunicando ter decidido, por unanimidade, não participar da eleição da nova Mesa da Assembléia. Segundo a nota, não ficaram claras as reais intenções que levaram à antecipação da eleição, considerada pelos deputados "de total inconveniência política e de legalidade duvidosa". O outro motivo é que a "chapa oficial" não teria apresentado ao PSB um programa para os próximos dois anos. "Nenhum compromisso foi assumido no sentido de garantir ao Poder Legislativo a transparência que tanto cobra dos demais Poderes, preferindo-se a adoção de linguagem desgastada em discurso contraditório e pouco articulado de suposta independência do Poder, simultâneo ao de resgate do ‘bom’ relacionamento com o Governo.

Responsável pela informação: Fabíola Farage - ACS - 31-2907715