A Comissão de Turismo, Indústria e Comércio debateu, nesta terça-feira (28/11/2000), o destino do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais (Indi). De acordo com o projeto de reforma administrativa do governo do Estado, o Indi passaria a ser vinculado ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Atualmente o órgão está ligado à Secretaria de Estado de Indústria e Comércio. O vice-presidente do BDMG, Murilo Badaró, disse que o Indi, a Cemig, a Fundação João Pinheiro e a Secretaria continuarão a significar a base de desenvolvimento de Minas Gerais.

O presidente do Indi, Guilherme Machado Filho, disse que o governo está contemplando a situação do Instituto com muita propriedade, não havendo motivo para preocupações. Entre os trabalhos desenvolvidos pelo Indi está apoiar a Cemig nas negociações com grandes empresários, fornecendo subsídios para a abordagem desses clientes. Segundo Murilo Badaró e Starling Amorim Duarte, que representou o presidente da Cemig na reunião, o BDMG e a Cemig continuarão a investir no órgão, que faz diagnósticos de segmentos de mercado. O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Francisco José de Oliveira, destacou a importância da audiência realizada pela Comissão, considerando-a uma oportunidade de discutir propostas de reposicionamento das atividades de fomento da administração estadual.

O deputado Geraldo Rezende (PMDB), ex-secretário de Indústria e Comércio, afirmou que continua firme contra a privatização da Cemig e que é preciso aumentar a participação financeira do Indi e do BDMG para garantir o desenvolvimento do Estado. "É preciso reverter os processos de privatização no País", ponderou o deputado, que disse estar mais tranqüilo com a certeza de que a Secretária de Indústria e Comércio e o Indi não serão extintos. "Esses órgãos são importantes no fomento industrial e econômico", advertiu. Já o deputado Paulo Piau (PFL), autor do requerimento que originou a audiência, comentou sua preocupação com a reforma administrativa, pois a mudança da estrutura do Estado exige estudos mais aprofundados. Em relação aos projetos de desenvolvimento industrial, Piau salientou que, sem investir em educação e ciência, o Estado não apresenta condições de competitividade para o setor industrial.

Também estavam presentes os deputados Fábio Avelar (PPS), presidente da Comissão; Dalmo Ribeiro Silva (PSD); João Pinto Ribeiro (PTB); Márcio Cunha (PMDB).

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