O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais completou 30 anos de fundação e foi homenageado pela Assembléia Legislativa, em solenidade realizada na última sexta-feira (24/11/00), com a presença de diversos deputados, diretores, sindicalistas e funcionários da entidade.

O deputado Edson Rezende (PSB), autor do requerimento que deu origem à homenagem, saudou a entidade lembrando "a luta das instituições médicas por um cenário mais justo e universal na área de saúde, não só para os médicos, mas, principalmente para o grande contingente de usuários, já que não é possível a disjunção entre os interesses da maioria da população e os interesses da categoria médica".

Na condição de médico e de membro da Comissão de Saúde, o deputado Edson Rezende falou, ainda, sobre o "grande valor do Sindicato não só como entidade de classe, mas, também, como parte da sociedade civil organizada que luta, permanentemente, para que haja justiça social, tomando posições e iniciativas que o identificam junto às entidades progressistas que fizeram a história da redemocratização deste País".

Falando em nome da Presidência da Assembléia Legislativa, a deputada Elaine Matozinhos (PSB), que presidiu a reunião, lembrou em seu discurso que o Parlamento mineiro sempre valorizou o legítimo movimento sindical, por saber da sua importância. "Não iríamos nos omitir, portanto, quando o Sindicato dos Médicos completa 30 anos de fundação, motivo justo e auspicioso da presente reunião", afirmou.

A deputada destacou a importância que o ex-presidente da República e médico Juscelino Kubitschek deu ao binômio educação e saúde em sua gestão, por entender, "como bom mineiro", que era preciso assegurar a saúde e proporcionar educação ao povo, como base essencial para o processo desenvolvimentista. Ela enfatizou que Minas Gerais sempre foi um celeiro de grandes médicos, e que é gratificante verificar que muitos deles emprestam e emprestaram seu concurso à Assembléia Legislativa.

GANÂNCIA CAPITALISTA

O presidente do Sindicato, Ricardo Menezes Macedo, agradeceu a homenagem lembrando a participação da entidade na luta contra a ditadura, no movimento da anistia, das "diretas já" e no movimento da Constituinte. Destacou a luta dos sindicalistas contra a perversidade do atual sistema mundial, onde os valores humanos são relegados pela força do fator predominante do capital. Para ele, "o deus do mercado quer impor ao médico a dura realidade, segundo a qual, o dinheiro é mais importante do que o paciente".

Macedo conclamou os profissionais de Medicina a cerrarem fileiras contra essa perversidade, para impedir que toda experiência acumulada pela humanidade ao longo dos anos seja dominada pela ganância capitalista.

Ao encerrar a reunião, a deputada Elaine Matozinhos fez a entrega ao presidente do Sindicato de uma placa alusiva à homenagem.

MESA

Compuseram a Mesa, além da deputada Elaine Matozinhos (PSB), o presidente do Sindicato dos Médicos, Ricardo Menezes Macedo; a vereadora Jô Morais, representando a Câmara Municipal de Belo Horizonte; a representante da Fhemig, Mônica Martins Maia; o presidente da Coordenação Sindical dos Servidores Públicos de Minas Gerais, Renato Barros; e o deputado Edson Rezende (PSB).

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