Gustavo Capanema será homenageado na Assembléia

Advogado, professor de História da Literatura Brasileira e de Psicologia Educacional, ministro da Educação e Saúde Pú...

08/08/2000 - 16:53

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Gustavo Capanema será homenageado na Assembléia

Advogado, professor de História da Literatura Brasileira e de Psicologia Educacional, ministro da Educação e Saúde Pública do Governo Getúlio Vargas e senador, Gustavo Capanema será homenageado na Assembléia pelo centenário de seu nascimento. O Legislativo mineiro promoverá Reunião Especial, nesta quinta-feira (10/08/2000), às 20 horas, para comemorar a data, quando também será dado o nome do ex-senador ao Espaço Político-Cultural da Assembléia (que compreende o Teatro, a Galeria de Arte e a Tribuna Popular). O requerimento solicitando a Reunião Especial é do presidente Anderson Adauto (PMDB) e outros, tendo em vista também proposta da Comissão Especial de Comemoração do Centenário de Nascimento de Gustavo Capanema, encaminhada à Assembléia pelo secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo.

Nesta quinta, será lançado ainda, pelos Correios, no Salão Nobre, selo comemorativo do centenário do nascimento de Capanema. O evento acontecerá antes da Reunião Especial em Plenário. O selo, criado pela artista Thereza Regina Barja Fidalgo, terá uma tiragem de 1.440.000 unidades. Participarão das solenidades, além do filho do ex-senador, Gustavo Afonso Capanema, o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga; o presidente de honra da Comissão Especial do Centenário, Murilo Badaró; além de deputados e outras autoridades. No requerimento para realização da homenagem, o presidente Anderson Adauto destaca que Gustavo Capanema, como homem público, "sempre se preocupou em criar condições que favorecessem o bem-estar social e cultural de nosso povo". O presidente lembra também que a passagem dele pelo Ministério da Educação foi marcada por diversos projetos, entre os quais a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan).

HISTÓRIA

Mineiro de Pitangui, Gustavo Capanema marcou sua passagem pelo Ministério da Educação por grandes projetos que favoreceram o aprendizado infantil, diminuindo os índices de analfabetismo. Ele foi um dos criadores, em 1943, do Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial (Senai), aparelho de organização do ensino industrial ministrado obrigatoriamente aos aprendizes (operários de 14 a 18 anos) nas próprias empresas industriais.

O livro didático foi outro objeto de sua ação ministerial, sendo regulada a matéria por lei de 1938, que criou a Comissão Nacional do Livro Didático, órgão de caráter permanente. Fundou, ainda, como órgão nacional de pesquisas educacionais, para orientação geral, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep), entregando a sua direção ao mestre das Ciências da Educação, professor Lourenço Filho.

Deu atenção especial para o ensino aos excepcionais de todos os gêneros, mediante as instituições não federais, remodelando os estabelecimentos destinados ao ensino dos surdos-mudos e ao dos cegos; o ensino artístico, de artes plásticas, de dança, de música e de canto foi por muitos modos incentivado, levando o ministro a criar o Conservatório Nacional de canto Orfeônico, cuja direção entregou ao mestre Vila Lobos.

Nas eleições de 1970, candidatou-se ao Senado Federal. Foi eleito e tomou posse no dia 1º de fevereiro de 1971, representando Minas até 1979. No Senado, por todo o quatriênio da Legislatura de 1971/1975, foi presidente da Comissão de Educação e Cultura, tendo sido também membro da Comissão de Constituição e Justiça.

 

Responsável pela informação: Janaína Cunha - ACS - 31-2907715