Deputados defendem afastamento de sub-relator de CPI

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (10/01/2000), na Sala de Imprensa da Assembléia, o 2º-vice-presidente, deputado Durval Ângelo (PT), defendeu o afastamento do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB) da CPI do Narcotráfico. Ângelo e os deputados José Braga (PDT), 1º-vice-presidente, e Rêmolo Aloise (PFL), vice-líder do Governo, falaram em nome de membros da Mesa e de um grupo de parlamentares. Segundo Durval Ângelo, ele e Rêmolo Aloise conversaram nesta segunda-feira com o deputado Antônio Carlos Andrada, que ficou de se posicionar na tarde desta terça-feira (11/01/2000).

Andrada denunciou recentemente que teria sido vítima, durante a passagem do ano, de uma armação, montada por grupos ligados ao tráfico de drogas em Barbacena, com o objetivo de desestabilizar os trabalhos da Comissão. As pessoas acusadas pelo deputado, no entanto, têm outra versão para o mesmo fato.

Caso Antônio Carlos Andrada não renuncie ao cargo de sub-relator da CPI, a Mesa da Assembléia, na opinião de Durval Ângelo, terá que se posicionar. "Não há lógica em se ter um membro da CPI sofrendo um processo de investigação", acrescentou Durval Ângelo. Indagado pela Imprensa, ele disse que é a comissão que vai dizer se a questão envolvendo o nome do deputado Antônio Carlos Andrada é policial ou política.

"Houve uma provocação formal por parte do presidente e do relator da comissão", afirmou ainda o 2º-vice-presidente, referindo-se à solicitação dos deputados Marcelo Gonçalves (PDT) e Rogério Correia (PT) para que a Mesa e a Corregedoria do Legislativo analisem o caso. A solicitação foi feita nesta segunda-feira sob o argumento de que o assunto ultrapassa os limites da CPI.

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Responsável pela informação: Fabiana Oliveira - ACS-0xx312907812