Sindicalistas discutem dissídio na Acesita

Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Timóteo (Metasita) participaram, nesta terça-feira (28/12/1999), de entrevista coletiva na Sala de Imprensa, para falar sobre o dissídio coletivo e a pauta de reivindicações dos trabalhadores da Acesita. O presidente do Sindicato, Gildásio José Ribeiro, afirmou que a Acesita "vem desrespeitando os trabalhadores e descumprindo leis". Segundo Gildásio, a empresa estaria obrigando os trabalhadores a assinarem um abaixo assinado, desistindo do dissídio coletivo, movido pela Metasita em nome dos funcionários da empresa.

O Sindicato reivindica, principalmente, a implantação de mais um turno de serviço, com a retomada da 5º turma; um abono de dois salários; além de um reajuste salarial de 18%, que, segundo cálculos do sindicato, equivale às perdas salariais sofridas pelos trabalhadores desde o ano passado. A Acesita fez uma contra-proposta, oferecendo reajuste de 4% e abono de R$ 500,00. Segundo o presidente da Metasita, na última Assembléia Geral, realizada em 18 de novembro e que teve a participação de 2 mil trabalhadores aproximadamente, a proposta da empresa foi rejeitada pela maioria dos votos. Segundo o Sindicato, a Acesita estaria, ainda, obrigando os trabalhadores a assinar outro documento, concordando com a contra -proposta apresentada pela empresa.

Também segundo o presidente da Metasita, a audiência do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que iria julgar o dissídio coletivo foi transferida do dia 16 de dezembro para o dia 20 de janeiro, como meio de a Acesita conseguir mais tempo para reverter o quadro e fazer os funcionários aceitarem a proposta da empresa. Além do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Timóteo, participaram da coletiva os representantes da Metasita, Cleber William e Cícero Barbosa, além do ex-deputado federal pelo PT , João Paulo Pires e do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT).

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Responsável pela informação: Ana Carolina SCT 2907812