Ruy Lage nega desvios na construção de barragens

O ex-presidente da Copasa, Ruy Lage, disse que não houve desvio de recursos na construção de barragens no Norte do Es...

09/12/1999 - 07:06

Ruy Lage nega desvios na construção de barragens

O ex-presidente da Copasa, Ruy Lage, disse que não houve desvio de recursos na construção de barragens no Norte do Estado, Vale do Jequitinhonha e do Mucuri. Ele falou, nesta terça-feira (07/12/1999), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada para apurar a aplicação incorreta de recursos na construção de pequenos barramentos nessas regiões. "O que encareceu as obras foi a construção de barragens de concreto, porque o terreno arenoso não permite a construção de barragens de terra, dobrando os custos do trabalho", explicou ele.

Em resposta à deputada Maria José Haueisen (PT), Ruy Lage esclareceu que apenas as empresas menores demonstraram interesse em construir as barragens. O ex-presidente disse desconhecer a ocorrência de subempreitadas, que, ressaltou, são ilícitas. Segundo ele, a fase inicial do programa para solucionar o problema da seca no Estado teve um caráter emergencial. "Devido ao estado de calamidade pública decretado em 1996/97 as barragens foram construídas às pressas, o que pode ter acarretado possíveis defeitos. Na segunda fase, quando o programa estava sendo planejado, fomos surpreendidos por outra grande seca, retomando os trabalhos às pressas de novo e sequer existindo uma terceira fase", contou. Ruy Lage garantiu, no entanto, que as empresas são responsáveis pelo reparo de barragens imperfeitas.

O ex-superintendente de Desenvolvimento do Norte de Minas na Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (Seplan), Rúbio de Andrade, disse que o objetivo das barragens não é somente disponibilizar água para o consumo humano e animal, mas perenizar todo o terreno próximo à comunidade. Segundo ele, das 130 barragens previstas foram construídas 114, com a metade dos recursos oferecidos. "Vinte e um milhões foram estipulados para o programa, mas somente 7 milhões e 600 mil foram realmente liberados", explicou. Em resposta ao deputado Fábio Avelar (PPS), Rúbio de Andrade disse que a manutenção das barragens é fundamental, mas é de responsabilidade da prefeitura, conforme termos assinados entre elas e a Seplan.

PRESENÇAS
Participaram da reunião os deputados Marcelo Gonçalves (PDT), que a presidiu, Bilac Pinto (PFL) - vice-presidente, Maria José Haueisen (PT) - relatora.


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