Candidatos aprovados pedem apoio para serem nomeados

Candidatos aprovados em concurso da Polícia Civil solicitaram nesta quarta-feira (06/10/99) à Comissão de Direitos Hu...

06/10/1999 - 20:11

Candidatos aprovados pedem apoio para serem nomeados

Candidatos aprovados em concurso da Polícia Civil solicitaram nesta quarta-feira (06/10/99) à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia providências para se agilizar o processo de nomeação e contratação. O presidente do sindicato dos servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), José Magela Alves Pereira, disse que a contratação dos aspirantes a policiais civis seria feita em 22 de dezembro do ano passado, mas até hoje nenhuma resposta sobre a nomeação foi dada. A Polícia Civil é composta por oito mil policiais e, de acordo com Magela, a carência de pessoal no quadro efetivo é de 30% ou 2.500 policiais. Para ele, é preciso que as Polícias Civil e Militar e o Poder Judiciário passem por uma reformulação geral em suas respectivas estruturas.

O deputado Alberto Bejani (PFL), afirmou que os aprovados, que já passaram por treinamento mas não foram nomeados, estão trabalhando irregularmente, ou seja, prestam serviço à polícia civil sem estarem efetivamente contratados. Ele pediu que a Comissão tome uma atitude severa para que não só esses policiais possam ter sua situação regularizada, como também a Polícia Civil resgate o respeito da sociedade. O deputado solicitou que o presidente da Comissão de Direitos Humanos, João Leite (PSDB), entre em contato com o presidente da Assembléia, deputado Anderson Adauto (PMDB), para que este último viabilize uma reunião entre o governador Itamar Franco e um representante dos aprovados no último da Polícia Civil, que não foram nomeados após seis meses de cursos e treinamentos.

COMERCIANTE APRESENTA DENÚNCIA
O comerciante Hebert Alves de Souza apresentou á Comissão denúncia de invasão de domicílio e tentativa de extorsão por parte de policiais militares. Ele declarou que teve sua casa invadida, em 11 de setembro deste ano, por policiais militares e que eles exigiram R$ 10 mil. Hebert disse que, como não deu o dinheiro aos policiais, eles colocaram em seu carro drogas e armas, levando-o para a Delegacia de Furtos e Roubos e depois para a Delegacia de Tóxicos. O deputado João Leite (PSDB) informou que a Comissão irá acompanhar o caso.

Clélia Inês Abreu Marcadi, representante da família Abreu, ex-proprietária da Fazenda Ferrugem, hoje Cidade Industrial, solicitou ajuda à Comissão para que intervenha junto ao governador do Estado para tentar uma solução para o caso. Ela explicou que a desapropriação da fazenda foi feita há 56 anos e que até hoje a família não recebeu nenhuma indenização. O deputado Marcelo Gonçalves (PDT) solicitou que a Comissão peça ao governador Itamar Franco pagamento da indenização.

Os deputados, ainda, aprovaram o relatório da Comissão de Direitos Humanos sobre a visita realizada pelos deputados Maria Tereza Lara (PT) e João Leite (PSDB) ao Instituto Monsenhor Messias, em Sete Lagoas. A deputada Maria Tereza Lara (PT) apresentou requerimento verbal solicitando que o governador, através de portaria, designe um comissão para elaborar um plano geral de segurança para o Estado, tendo em vista a situação de insegurança vivida pela população.

Estiveram presentes à reunião os deputados João Leite (PSDB), que a presidiu, Glycon Terra Pinto (PPS), Marcelo Gonçalves(PDT), Maria Tereza Lara (PT), Antônio Roberto (PMDB), Miguel Martini (PSN), Alberto Bejani (PFL) e Edson Rezende(PSB).


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