Mar5ia da Conçeição Tavares critica Armínio Fraga

"Em qualquer lugar do mundo, se um presidente de Banco Central falasse o que o Armínio Fraga disse sobre Minas Gerais, seria imediatamente demitido." A avaliação é da economista e ex-deputada federal pelo PT/RJ, Maria da Conceição Tavares, que concedeu entrevista à imprensa nesta terça-feira (05/10/1999), na Sala de Imprensa da Assembléia. Para a economista, o pedido feito pelo presidente do Banco Central a empresários estrangeiros, em Nova York, para que não investissem em Minas Gerais reflete o "grau de privatização do Estado e desaparecimento da figura pública a que chegamos". "Nunca vi e nem tenho notícia de algum Estado independente ter aceitado uma coisa dessas", frisou, lembrando que, nem mesmo no auge do regime autoritário, alguém se atreveu a fazer declarações tão contundentes para prejudicar um Estado da Federação.

Maria da Conceição Tavares condenou, também, a falta de coordenação no governo federal e disse que a prepotência da União, revelada também pela forma "como passaram por cima dos protestos do governador Covas com relação ao Banespa", mostra que há um processo de desconstrução do Estado brasileiro. A ex-deputada também criticou a submissão do Congresso Nacional ao Executivo; avaliou que a crise econômica e política tende a se agravar e que os temas políticos nacionais deverão pautar as eleições do próximo ano.

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