Comissão discute bug com empresas de eletricidade

A Comissão de Defesa do Consumidor realizou nesta terça-feira (28/09/1999) reunião para obter esclarecimentos sobre as providências adotadas pela Empresa Elétrica de Bragantina na prevenção do "bug" do milênio e acerca dos seus serviços prestados no Sul de Minas. O deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSD), autor do requerimento que deu origem à reunião, manifestou preocupação com os possíveis danos venham a ser causados por empresas responsáveis pela distribuição de energia que não tenham se estruturado tecnologicamente para enfrentar a virada do ano.

O gerente-geral da Empresa Elétrica de Bragantina S/A, Pedro Oda, afirmou que a situação da empresa está sob controle, já que o trabalho tem sido realizado por fases. "Na primeira fase, fizemos o levantamento geral dos trabalhos informatizados". Oda disse que a segunda fase caracterizou-se pela realização de testes e simulações da virada do século. "Podemos dizer que nosso programa está concluído. Não há problema algum que dificulte o bom funcionamento da empresa", afirmou.

PREJUÍZOS PARA CLIENTE NÃO ESTÃO PREVISTOS
"A expectativa de prejuízos para o cliente é praticamente zero". A garantia é dada pelo gerente-geral da Bragantina, que afirmou que uma cópia do relatório conclusivo dos testes foi encaminhada para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Estamos nos considerando aptos para enfrentar a etapa fatal", reforçou Pedro Oda. Segundo o chefe de Divisão do Planejamento da empresa, José Gonçalves, os testes realizados pela Bragantina apontaram 253 itens que "possivelmente" poderão afetar o cliente. Segundo ele, posteriormente foi feita uma análise dos equipamentos que apontou 140 itens não graves e 103 itens graves. "Do total de itens considerados graves, 49 foram remediados", garantiu o chefe de planejamento.

José Gonçalves disse que, para a região de Bueno Brandão, a empresa está preparando uma segunda alternativa de fornecimento de energia. "A região é crítica com relação às descargas atmosféricas, pois cada uma deixa algum tipo de defeito", lembrou. Gonçalves disse que a empresa está preocupada em aumentar a capacidade de absorção de energia das cidades. "A cidade de Cambuí terá uma capacidade seis vezes maior que atualmente", exemplifica. O assessor do prefeito de Bueno Brandão, Mário Batista, disse que a prefeitura não tem críticas à qualidade dos serviços.

A chefe de Departamento de Suporte Técnico da Cia Força de Luz Cataguases- Leopoldina, Maria Jussara Xavier, disse que a empresa está trabalhando para que não haja imprevistos. "Se prejuízos ocorrerem, estamos contando que sejam os menores possíveis", afirmou. O assessor de Produção e Transmissão da empresa, Antônio Elísio de Oliveira, disse que o planejamento que está sendo feito é similar ao da Bragantina. "Também iremos estabelecer, ao final do ano, o sistema de plantão com os funcionários", esclareceu Antônio Elísio.

A deputada Elaine Matozinhos (PSB) questionou os representantes de Cataguases a respeito da não apresentação de um relatório, como foi feito por outras empresas que prestam serviços públicos, sob as providências que vêm sendo tomadas. "Nossa situação é estável, sem grandes problemas. Estamos providenciando os relatórios do trabalho que temos feito", justificou Maria Jussara.

PRESENÇAS
Participaram da reunião a deputada Elaine Matozinhos (PSB), que a presidiu, os deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSD), Antônio Carlos Andrada (PSDB).

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Responsável pela informação: Renata Ramos - ACS - 31-2907715