Conclusão das obras no Anel Rodoviário é tema de debate

O Anel Rodoviário de Belo Horizonte tem que ser totalmente reformado para que qualquer outra obra comece a ser execut...

24/09/1999 - 17:20

Conclusão das obras no Anel Rodoviário é tema de debate

O Anel Rodoviário de Belo Horizonte tem que ser totalmente reformado para que qualquer outra obra comece a ser executada. A informação é do chefe do 6º Distrito Rodoviário Federal do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER), José Élcio Santos Monteze, que participou, nesta quinta-feira (23/09/1999), de reunião conjunta das Comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária e de Transportes, Comunicação e Obras Públicas.

O objetivo da reunião era cobrar dos órgãos responsáveis a conclusão das obras no Anel Rodoviário e esclarecimentos sobre o projeto do Rodoanel, lançado no Plano Plurianual do governo federal, que prevê verbas de R$ 157 milhões para a sua construção. Para o deputado Márcio Cunha (PMDB), presidente da Comissão e autor do requerimento que originou a reunião, a intenção do governo federal é um desrespeito com Belo Horizonte e com seus cidadãos. Isto porque, segundo o deputado, antes de construir um outro anel rodoviário é preciso concluir a reforma do atual.

De acordo com o diretor-geral do DER/MG, Antônio Erdes Bortoletti, R$ 50 milhões é a quantia necessária para a reforma do Anel Rodoviário. José Élcio Monteze lembrou, no entanto, que o volume de recursos para a execução de obras como essa é reduzido. O representante do Sindicato e da Federação das Empresas Transportadoras de Cargas, José Lopes da Silva, reconheceu que o País enfrenta problemas, mas os poucos recursos destinados ao setor de transportes deveriam ser aplicados de uma forma melhor.

CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO
Construído em 1957 e duplicado no início da década de 80, o Anel Rodoviário atual foi projetado para a circulação de cerca de 25 mil veículos, mas comporta hoje um trânsito de mais de 80 mil. Em setembro de 1995, o DNER e o município de Belo Horizonte firmaram, com a intervenção do Estado de Minas Gerais, o Convênio de Cooperação Mútua. Neste convênio, a recuperação do asfalto, a sinalização e a realização de obras complementares caberia ao DNER; a iluminação ficaria sob a responsabilidade do Estado e a Prefeitura da capital, encarregada da construção de nove passarelas ao longo do Anel. Somente o Estado cumpriu a sua parte. A Prefeitura chegou a licitar quatro passarelas, concluindo somente uma.

De acordo com Bortoletti, o Anel Rodoviário é a primeira prioridade para o orçamento do ano 2000. Acrescentou que o Anel é um problema do Estado e também da Prefeitura da capital. Para ele, uma possível solução para o problema seria a estadualização do Anel Rodoviário. Mas, segundo Bortoletti, primeiramente o governo federal teria que colocar o Anel em condições de ser operado, ou seja, totalmente reformado, sinalizado e seguro.

A representante da Sudecap, Beatriz Morais, afirmou que a Prefeitura sempre foi sensível ao problema do Anel Rodoviário. Segundo ela, a Sudecap está enfrentando problemas, tais como as invasões de moradores ao longo da estrada, para viabilizar a construção das passarelas. O deputado Álvaro Antônio (PDT) salientou a importância do Anel para o setor de transportes no Estado e também do Projeto de Lei (PL) 410/99, do governador do Estado, que trata do Fundo de Desenvolvimento de Transportes (Funtrans). O deputado é presidente da Comissão de Transportes, Comunicação e Obras Públicas da Assembléia.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Márcio Cunha (PMDB), que a presidiu; Bilac Pinto (PFL); Álvaro Antônio (PDT) e Miguel Martini (PSN); o chefe do 6º Distrito Rodoviário Federal do DNER, José Élcio Santos Monteze; o diretor-geral do DER/MG, Antônio Erdes Bortoletti; José Lopes da Silva, representante do Sindicato e da Federação das Empresas Transportadoras de Cargas; e Beatriz Morais, da Sudecap.


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