Deputado Federal fala sobre a Saúde no Estado

Os investimentos externos em Minas serão prejudicados porque a moratória mineira desmoralizou o Estado. A declaração ...

14/09/1999 - 21:21

Deputado Federal fala sobre a Saúde no Estado

Os investimentos externos em Minas serão prejudicados porque a moratória mineira desmoralizou o Estado. A declaração é do Deputado Federal Rafael Guerra (PSDB) em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (13/09/1999), na Sala de Imprensa da Assembléia.

O deputado Rafael Guerra levantou dois aspectos sobre a saúde pública. O primeiro refere-se a defasagem da tabela do SUS e o segundo à inexistência de verbas para saúde vinculadas ao orçamento. Segundo o parlamentar, o reajuste do SUS deve ser de 109% para garantir os recursos do setor . "A saúde deve ser tratada em caráter de urgência. Uma criança sem escola é prejudicial, mas pode ser restituída. No entanto, um bebê sem leito pode morrer se não for atendido na hora", comparou o deputado.

Ex-secretário estadual da saúde, Rafael Guerra afirmou que acompanha com "muita preocupação" a situação da saúde mineira: "Mas não convém a mim fazer críticas, pois fui o antecessor", justifica o deputado. Guerra revelou que haverá, em Brasília, uma manifestação nacional dia 22 de setembro para "pressionar os deputados a votarem o Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 169/99, que destina uma maior parte de recursos para a saúde pública. Alguns pontos da PEC são: manutenção da alíquota de 0,20% da CPMF destinada à saúde; destinação de 50% da receita sobre fumo e bebidas para a saúde; destinação de 64% da receita do COFINS e do Imposto sobre o Lucro também para o setor.

Quanto ao orçamento federal, o deputado disse que Minas não está sendo prejudicada, mas falta diálogo do Executivo para que o Estado se articule melhor com o cenário nacional. Mas advertiu: " Se a situação não mudar, Minas vai ficar no prejuízo". Rafael Guerra admitiu fazer parte da oposição do governo mineiro mas disse que, antes disso, foi eleito para defender interesses do povo. "Estou pronto para qualquer diálogo mas isso deve partir dele" , disse referindo-se ao governador Itamar Franco.


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