Cipe irá trabalhar pela recuperação da Bacia do Rio Doce
Foi aprovado nesta quarta-feira (04/08/1999) o Regimento Interno que irá estabelecer as normas de organização e funci...
20/08/1999 - 21:20Cipe irá trabalhar pela recuperação da Bacia do Rio Doce
Foi aprovado nesta quarta-feira (04/08/1999) o Regimento Interno que irá estabelecer as normas de organização e funcionamento da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Cipe - Rio Doce), durante reunião da qual participaram os deputados Mauro Lobo (PSDB), José Henrique (PMDB), Ivo José (PT) e Eduardo Daladier (PDT). A instalação da Comissão irá acontecer na cidade de Aimorés, na sexta-feira da próxima semana, quando também será realizada audiência pública para discutir a construção da Barragem de Aimorés.A Cipe -Rio Doce será composta por 12 deputados, dentre eles os presidentes das Assembléias Legislativas de Minas Gerais e do Espírito Santo, e mais cinco parlamentares de cada Estado. Os deputados de Minas que irão integrar a Comissão deverão ser escolhidos entre os que obtiveram maior número de votos na macroregião Rio Doce, nas eleições de 1998.
De acordo com o Regimento Interno, a Cipe-Rio Doce tem o objetivo de "congregar os esforços políticos e técnicos indispensáveis à recuperação, à preservação e ao desenvolvimento da bacia hidrográfica do Rio Doce." Os encerramentos dos trabalhos estão previstos para agosto de 2001, com a aprovação do relatório final da Comissão.
O Rio Doce nasce nas serras da Mantiqueira e do Espinhaço, em Minas Gerais, e percorre cerca de 970 Km, até atingir o oceano Atlântico, no município de Linhares, no Espírito Santo. A bacia hidrográfica do Rio ocupa uma área de, aproximadamente, 72 mil Km quadrados em Minas Gerais e 12 mil Km quadrados no Espírito Santo. Os principais fatores que deram origem aos problemas ambientais da bacia, tais como a erosão e o assoreamento do leito dos rios, foram o desmatamento generalizado, o grande volume de efluentes, industrial e mineral, lançado às águas e o mau gerenciamento dos solos agrícolas. As atividades industriais e minerais realizadas no leito e margens dos rios da Bacia vêm contaminando as águas com mercúrio e outros elementos tóxicos.
Responsável pela informação: Ana Carolina - ACS - 031-290-7715