Regiões Administrativas custam R$ 900 mil mensais

O Estado gasta, mensalmente, cerca de R$ 900 mil com o custeio das 25 regiões administrativas. A revelação é do superintendente administrativo da Secretaria de Estado de Assuntos Municipais, Evandro de Oliveira Neiva, que compareceu ontem à reunião da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização para debater o Projeto de Lei (PL) 39/99, do deputado Luiz Fernando Faria (PPB), que extingue as regiões administrativas do Estado. Evandro Neiva representou o secretário Expedito Ferreira de Castro, cuja ausência foi criticada pelo presidente da Comissão, deputado Ambrósio Pinto (PTB).

Questionado pelo deputado José Henrique (PMDB) quanto à adoção de novas políticas em virtude da extinção das regiões administrativas do Estado, Evandro Neiva disse que, como técnico, poderia apenas apresentar dados à Comissão. "As questões políticas devem ser tratadas com o secretário", disse.

CRÍTICAS À ASSEMBLÉIA
O deputado Paulo Piau (PFL) defendeu a administração regional situada em Uberaba, dizendo ser ela de grande importância para a população local. Ele disse, ainda, que, se o custeio dessas administrações é muito elevado, parte da culpa deve-se à Assembléia Legislativa. "A ação desta Casa foi prejudicial ao Estado, uma vez que o projeto original previa a criação de apenas 14 regiões administrativas e, por interesses meramente políticos e eleitorais, elas foram ampliadas para 25", protestou.

Segundo o deputado Ambrósio Pinto, uma nova reunião será marcada para que eles possam obter mais informações a fim de subsidiar o parecer da Comissão sobre o PL 39/99. "Os trabalhos ficaram prejudicados e as discussões não puderam ser aprofundadas", finalizou.

PRESENÇAS
Compareceram à reunião os deputados Ambrósio Pinto (PTB), que a presidiu, José Henrique (PMDB) e Paulo Piau (PFL).

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