Ato público contra privatização reúne entidade na AL

Representantes de diversas entidades participaram, nesta terça-feira (20/4/99) no Teatro da Assembléia, de um ato púb...

21/04/1999 - 18:18

Ato público contra privatização reúne entidade na AL

Representantes de diversas entidades participaram, nesta terça-feira (20/4/99) no Teatro da Assembléia, de um ato público em defesa da soberania e do patrimônio público, da reforma agrária e dos direitos sociais. O ato, realizado a requerimento do deputado Edson Resende (PSB), teve a presença do 2º-vice-presidente da Assembléia, deputado Durval Ângelo (PT), e do prefeito de Belo Horizonte, Célio de Castro, entre outras autoridades.

O deputado Edson Resende, ao justificar o requerimento, disse que Minas, em atos como esse, quer abrir caminhos para o Brasil, contra a subserviência e pela liberdade. Disse também que o Estado mantém-se fiel a sua tradição libertária. O deputado criticou a falta de políticas sociais por parte do governo federal e defendeu a luta pela reforma agrária e pelos direitos sociais.

O prefeito Célio de Castro citou artigos da Constituição Federal, da Declaração Universal dos Direitos do Homem e da Declaração Universal dos Direitos Sociais, que tratam do direito a uma vida digna, para lembrar que o Brasil, signatário dos dois documentos, ostenta índices de pobreza e de má- distribuição de renda capazes de desqualificá-lo perante a comunidade internacional. Célio disse que a luta pelos direitos sociais é também pelo pacto federativo. "A União cortou 30% dos recursos dos programas sociais para cumprir metas impostas pelo FMI. A reforma tributária que o governo propõe irá também empobrecer os municípios", lembrou o prefeito, que é coordenador da Frente Nacional de Prefeitos. Célio de Castro concluiu seu pronunciamento dizendo que "a saída está na organização da sociedade, na conscientização de que as pessoas são sujeitos de direitos sociais e não sujeitos de carências".

Participaram do ato público representantes da Federação Nacional dos Petroleiros, da Associação Nacional dos Engenheiros da Petrobrás, do Sindicato dos Bancários, da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Conselho Estadual de Assistência Social. Eles protestaram contra o projeto do governo federal de privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os Correios e conclamaram a população a participar do ato em Ouro Preto, contra a política econômica do governo federal. Participaram também do ato dos deputados Marco Régis (PPS), George Hilton (PL), João Paulo (PSD) e Chico Rafael (PSB).


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