Teleconferência reúne parlamentares de 17 Estado
Com a presença de deputados e senadores de 17 estados, de juristas, de prefeitos, de estudantes e professores univers...
16/03/1999 - 11:29Teleconferência reúne parlamentares de 17 Estado
Com a presença de deputados e senadores de 17 estados, de juristas, de prefeitos, de estudantes e professores universitários, entre outros, foi realizada na manhã desta segunda-feira (15/03/99) a Teleconferência "Desafios da Federação Brasileira", com os temas "A União e os Estados no Quadro da Globalização" e "O Pacto Federativo: Limites da Centralização e da Autonomia dos Estados", promovida pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais.O presidente da Assembléia, deputado Anderson Adauto (PMDB), disse que hoje não se pode falar seriamente em federação, pois ela, em sua avaliação, foi destruída pela negligência de sucessivos governos estaduais, "que não reagiram a tempo, e de forma viril, contra a continuada centralização do poder". Para ele, essa centralização se tornou insuportável com o "despotismo do atual governo federal", que, de forma "manhosa e insidiosa, promoveu a subserviência e a submissão da maioria do Congresso e da maioria dos governadores de Estado".
Anderson Adauto afirmou ainda que coube ao governador Itamar Franco a iniciativa de mostrar a crueldade do modelo concentrador, ao denunciar os acordos financeiros assinados pelos governadores com o Ministério da Fazenda e declarar a suspensão dos pagamentos aos credores do Estado, por noventa dias. O presidente da Assembléia ressaltou, ao analisar o período colonial, que o exame dos documentos históricos mostra que, praticamente, "não houve um só lustro em que a rebeldia contra o arbítrio e a espoliação não movesse os intrépidos mineiros".
Ele disse que Minas é contra o modelo macroeconômico de submissão e que o Estado convoca a construção de um novo contrato federativo. "Minas nunca desejou qualquer hegemonia na Federação Brasileira, mas não renuncia à posição de vanguarda na história política de nosso País", afirmou, salientando: "Nós somos o que somos, e não aquilo que o governo federal pensa que somos. Não somos prepostos do ministro da Fazenda, nem do governo federal. De nada adianta, por exemplo, usar parte da imprensa para dizer que os mineiros, ao suspender o pagamento da amortização da dívida, estão prejudicando o resto do Brasil. Isto não é verdade. Quem vem prejudicando o Brasil inteiro é o governo federal ao doar o patrimônio nacional em privatizações suspeitas, promovendo a saída incontrolável de recursos do País".
Responsável pela informação: Eustaquio Marques - ACS - 031-2907715