Comissão de Política Agropecuária debate situação da Cosemg

Discutir o futuro da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg). Com este objetivo a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial reuniu-se, nesta terça-feira (30). A companhia, que tem 28 filiais em várias regiões de Minas, acumula uma dívida de R$ 81 milhões e representa 15% dos volumes de armazenagens de produtos agrícolas do Estado, poderá passar por um processo de privatização, conforme anunciou o governo. O Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba são as regiões com maior número de filiais.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Armazéns Gerais no Estado de Minas Gerais (Sintrag), José Abalem Neto, disse que a indefinição sobre a privatização da Casemg está causando apreensão nos funcionários quanto ao futuro deles na empresa. "São 360 servidores. É preciso definir essa situação", comentou.

Devido à preocupação dos funcionários, foi criada uma Comissão Interna de Privatização da Empresa. O presidente dessa Comissão, José Maria de Souza, afirmou que a Casemg passou recentemente por uma reestruturação, o que deixou a companhia em melhores condições. "Precisamos discutir a privatização, pois a empresa está mais eficiente. É sempre bom lembrar a importância da Casemg. Armazenamos milho, café, soja e outros produtos. A promoção de reuniões e debates com o governo e a sociedade pode ajudar no impasse", argumentou.

O presidente da Casemg, Silas Costa Pereira, disse que o objetivo da diretoria é sanear a empresa, cumprindo suas funções, sem depender do Estado. "Temos que fazer com que a receita seja compatível com as despesas. A companhia tem que ser competente", afirmou.

O deputado Paulo Piau (PFL), autor do requerimento que originou a reunião, comentou que os servidores não podem ser lesados com a privatização. "O governo tem que tomar uma posição. Se a empresa for privatizada, é preciso que o governo defina uma iniciativa de incentivo ao armazenamento no Estado", explicou.

Participaram da reunião os deputados Paulo Piau (PFL), que a presidiu, e Maria José Haueisen (PT).

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