Delegado da ASCB nega acusação

O delegado Regional da Associação dos Servidores Civis do Brasil (ASCB), Evaldo Cícero Guedes da Silva, negou as acus...

09/06/1998 - 08:32

Delegado da ASCB nega acusação



   O delegado  Regional da  Associação dos  Servidores Civis do Brasil (ASCB),

Evaldo Cícero  Guedes da Silva, negou as acusações apresentadas contra a ASCB.

Segundo  ele,  as  alegações  que  a  associação  suspendeu    benefícios  aos

associados, e  que sua  diretoria  possui  negócios  paralelos,  em  benefício

próprio, são  fruto da  falta de  informação de  denunciante. Para  o autor do

requerimento  que  originou  a  reunião,  deputado  José  Militão  (PSDB),  os

financiamentos de  imóveis, promovidos pela associação, são tão obtusos quanto

os outros  investimentos da ASCB. A reunião foi requerida a partir de denúncia

feita no  Procon da  Assembléia por  um associado da ASCB que se sentiu lesado

com  a  suspensão  de  benefícios  oferecidos  pela  associação  que  congrega

servidores públicos federais, estaduais e municipais.

   Evaldo Cícero  informou que  os investimentos  promovidos pela entidade têm

como fim  a manutenção de seus gastos. Segundo ele, a cobrança de mensalidades

de R$15 de seus cerca de oito mil associados em Minas e a venda de apólices de

seguro e  planos de saúde no valor de R$16 mensais são as principais fontes de

recursos  da   associação.  Evaldo  Cícero  esclareceu  que  as  mudanças  nos

atendimentos do  Plano de  Saúde oferecido  pela associação  foram devidas  as

exigências do  hospital conveniado.  "Continuamos com  a mesma  modalidade  de

atendimento, só mudamos o local", esclarece.

   O advogado da ASCB, Vanderli Rangel explicou que a atuação da associação se

limita  no   intermédio  entre   o  interessado   e  as  construtoras.  "Somos

despachantes  de   luxo",  autodenominou.  O  advogado  disse,  ainda,  que  a

associação não  financia casa  própria, mas sim a Caixa Econômica Federal e as

próprias construtoras  envolvidas na negociação. Para o deputado José Militão,

a modalidade de atuação adotada pela associação e coercitiva e não possibilita

ao consumidor  buscar o  serviço que  seja mais  econômico. Para o deputado, o

papel desempenhado pela ASCB não respeita o direito do comprador de escolher o

despachante que  lhe aprouver.  Evaldo Cícero  rebateu que  nada é  imposto na

associação. Ele  ressaltou que  o objetivo  é facilitar  a negociação  de seus

associados.

   A Comissão solicitou aos convidados o envio de informações quanto ao número

de associados  que a  entidade possui  em Minas  Gerais e  no  Brasil,  a  sua

arrecadação, convênios  firmados com  os  nomes  das  respectivas  empresas  e



valores de  repasse, nomes e endereços dos diretores com as respectivas fontes

de renda.

   Presenças -  Participaram da  reunião os  deputado Geraldo Nascimento (PT),

que a  presidiu; José  Militão (PSDB),  Antônio Andrade  (PMDB) e  João  Leite

(PSDB).

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