Comissão de Saúde ouve presidente do Ipesemg
O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas (Ipsemg), José Maria Borges, disse nesta q...
15/06/1998 - 19:11Comissão de Saúde ouve presidente do Ipesemg
O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas (Ipsemg), José Maria Borges, disse nesta quarta-feira, na Assembléia, que até o final da semana será enviada à Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) proposta de reestruturação interna do Instituto, que, após análise do Executivo, será convertida em projeto e remetido ao Legislativo. A medida, anunciada por Borges durante reunião da Comissão de Saúde da Assembléia, para a qual foi convocado para falar sobre a situação do Instituto, vai enxugar pelo menos 300 dos 527 cargos comissionados e reduzir em 25% as despesas do Instituto. Além de informações sobre a necessidade desse ajuste, Borges falou na reunião sobre a situação financeira do Ipsemg, que há sete meses não recebe do Governo o repasse dos recursos descontados na folha dos servidores - um déficit estimado por ele de R$ 280 milhões. Borges explicou que para manter o custeio, o Ipsemg está lançando mão de sua reserva técnica, hoje calculada em R$ 200 milhões, quando esta deveria ser de R$ 550 milhões. "Apesar de grave, a situação do Ipsemg não é falimentar", garantiu. Ele disse ainda que vem ocorrendo uma série de equívocos com relação aos números da dívida do Estado com o Ipsemg. A avalanche de ações na Justiça, reivindicando a atualização das pensões, foi outro ponto tratado pelo presidente do Ipsemg, na reunião. Segundo ele, há hoje pelos menos 1,5 mil ações e o Supremo Tribunal Federal tem julgado procedentes demandas dessa natureza. Borges calcula que esse aumento vai elevar de 34% para 80% do percentual de comprometimento da receita do Instituto - R$ 36 milhões - com o pagamento de pensionistas. Outro assunto, tratado com insistência pelos deputados que participaram da reunião, foi a qualidade dos serviços prestados pelo Ipsemg no interior do Estado. Dizendo-se um crítico "ácido" do órgão, desde a época em que foi prefeito de Varginha, em 82, o deputado Dilzon Melo(PTB) disse que a assistência do Ipsemg nos municípios é "péssima e que a criação de benefícios, como o auxílio-moradia e empréstimos bancários, não condiz com a atividade-fim do Instituto. Borges disse que o Ipsemg está estudando a melhor forma de melhorar a cobertura dos usuários do interior, que pode vir a ser a ampliação universal da lista de médicos e dentistas credenciados, hoje em número de cinco mil. O deputado Carlos Pimenta, do PL, que preside a Comissão e autor do requerimento que solicitou a presença do presidente do Ipsemg, disse que vai sugerir a realização de um grande seminário para discutir a situação do Instituto e que a proposta de uma CPI parece precipitada, já que não há denúncias consistentes sobre irregularidades. O deputado defendeu a ampliação da lista de credenciamento de médicos e dentistas no interior do Estado. Participaram da reunião os deputados Luiz Antônio Zanto (PPB), Dilzon Melo (PTB), Jorge Hannas (PFL), Marco Régis (PPS) e Carlos Pimenta (PL)>
Responsável pela informação: Maria Teresa - GCS - 031-2907800