Aprovado PL sobre Paraibuna de Metais

Nome documento: MCO2106FM1.CSJ +--------------------------------------------------------------------- ASSEMBLÉIA LEGI...

15/06/1998 - 19:04

Aprovado PL sobre Paraibuna de Metais


Nome documento: MCO2106FM1.CSJ
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 ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS|
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              ASSUNTO                EDITORIA DE   DATA  AUTOR  LAUDA|                                  |             |      |     |
 Aprovado PL sobre Paraibuna                                      1|                                  |             |      |     |
 de Metais                            economia     21/6|                                  |             |      |     |
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     O Plenário  aprovou, nesta  quinta-feira (20),  em  1º  turno,  o
projeto de lei 787/96, do governador, que autoriza o Poder Executivo a
realizar transação  com a  Companhia Paraibuna  de Metais. Ele prevê a
remissão parcial  de tributos  e  multas  devidos  pela  Paraibuna  de
Metais, reduzindo  a dívida  objeto da transação de R$ 85 milhões para
R$ 10  milhões. Essa dívida refere-se à exigência de ICMS e acréscimos
legais  relacionados  com  a  importação  de  mercadorias.  Segundo  a
empresa, o imposto teria sido recolhido ao Espírito Santo.
     A matéria foi aprovada com emenda que estabelece que a Secretaria
da Fazenda  é a autoridade competente para intermediar a transação. Os
deputados rejeitaram emenda que beneficiava os frigoríficos do Estado,
ao  autorizar  o  Poder  Executivo  a  realizar  transação  com  esses
estabelecimentos, "relativamente  a processo tributário administrativo
resultante de  autuação efetivada  até a  data de  publicação da  lei,
inclusive o inscrito em dívida ativa, ajuizada ou não sua cobrança".
     O líder  do PT,  deputado Gilmar Machado, afirmou que a derrubada
da emenda,  em  Plenário,  foi  resultado  do  processo  de  obstrução
articulado pela  bancada. Ele  e os  deputados Marcos Helênio e Durval
Ângelo, também do PT, criticaram o projeto e defenderam o substitutivo
apresentado  por   Marcos  Helênio.  O  substitutivo,  rejeitado  pelo
Plenário, propunha  o cancelamento, pelo Estado, de crédito tributário
até o limite de R$ 1 mil, o que, segundo o PT, beneficiaria as micro e
pequenas empresas.  Antes da  votação,  Marcos  Helênio  questionou  a
emenda  que   tratava  dos   frigoríficos,  afirmando   que  ela   era
"oportunista e fisiológica".
     O deputado  Gilmar Machado  pediu vista  do parecer  de 2º  turno
sobre  o   projeto,  durante   reunião  da  Comissão  de  Fiscalização
Financeira e  Orçamentária, realizada na tarde de quinta-feira (20). O
parecer, de  autoria do  deputado Cleuber  Carneiro (PFL),  deverá ser
examinado na próxima terça-feira (25), às 10 horas.
     Reforma Agrária  - Foi  aprovado, também,  pelo Plenário,  em  1º
turno, o  projeto de  lei 818/96,  do governador, que autoriza o Poder
Executivo a  doar imóvel  ao Incra  para efeito  de reforma agrária. A
matéria foi  aprovada na forma de substitutivo da Comissão de Justiça.
O substitutivo  prevê que  o imóvel voltará para as mãos do Estado, se
no prazo de cinco anos não for cumprida a finalidade da doação.
     Outros dois  projetos foram  aprovados, em 2º turno: o 378/95, do
deputado José  Bonifácio (PSDB),  que autoriza  o  Poder  Executivo  a
ceder, em regime de comodato, cadeiras cativas aos clubes mineiros que
especifica; e  o  252/95,  do  deputado  Raul  Lima  Neto  (PPB),  que
disciplina o exercício da pesca nos cursos dágua de domínio estadual.
     Reunião extraordinária  -   Em reunião extraordinária, na quinta-
feira (20),  foram aprovados  os projetos de lei 816/96, do governador
do Estado,  que dispõe  sobre a  organização da  Assistência Social no
Estado e  cria o Conselho Estadual de Assistência Social, em 1º turno;
e  819/96,  também  do  governador,  que  cria  o  Fundo  Estadual  de
Assistência Social, em 2º turno.

Comissão de Agropecuária debate produção de novilho precoce
     A Comissão  de Agropecuária  e Política  Rural irá  encaminhar um
ofício ao  governador  do  Estado  contendo  esclarecimentos  sobre  o
Programa Estadual  de Apoio  à Produção  de Novilho Precoce. A decisão
foi tomada durante a reunião da Comissão, realizada nesta quinta-feira
(20/6), para  debater o  Programa com  membros de entidades envolvidas
com a criação de novilho precoce.

     Também foi  decidido que a Comissão irá buscar o entendimento com
a Secretaria  da Fazenda  para que  os pecuaristas,  que têm  os  seus
animais abatidos  fora de  Minas,  também  tenham  acesso  ao  crédito
presumido de  50% sobre  o valor  do imposto incidente nas respectivas
saídas.  Cobrar   uma  fiscalização   mais  rígida   sobre  os  abates
clandestinos foi  outra decisão tomada. Essas medidas têm a finalidade
de fazer  com que  o Programa possa ter mais adeptos, já que depois de
dois  anos   da  sua   implantação  apenas   500   pecuaristas   estão
credenciados.
     O novilho  precoce é  abatido  aos  dois  anos,  enquanto  que  o
procedimento usual  é fazer  o abate  no prazo  de quatro anos. Para o
produtor, significa  mais rentabilidade; para a indústria frigorífica,
aumento na  oferta de matéria-prima; para o consumidor, mais qualidade
e quantidade  de carne; e, para o governo, aumento de imposto; além de
significar ampliação da oferta de emprego no campo.
      Apesar  de todas  essas vantagens  e do  benefício ao pecuarista
produtor de  novilho precoce, via incentivo fiscal (ICMS),  o Programa
foi questionado  pela  deputada  Elbe  Brandão  (PSDB).  Para  ela,  o
incentivo é  dado apenas  para a  ponta da  produção que  é  o  grande
produtor. Enquanto  isso, os  pequenos e  médios produtores  continuam
fadados a sumir do processo. A deputada foi contra a posição defendida
pelo representante  da Faemg,  Márcio Carvalho  Rodrigues,  de  que  o
pequeno produtor  tem de  se adequar  às mudanças,  vindo  a  ser,  se
necessário, um fornecedor de insumos.
     O representante  da Emater,  José Alberto de Ávila Pires, afirmou
que a  atenção deve ser voltada para o  pequeno produtor, já que é ele
que dá  sustentação ao  novilho precoce  através  do  fornecimento  do
bezerro.  Ele   ressaltou,  ainda,  que  a  Emater  deve  investir  em
assistência técnica  e em  pesquisa, para que todos os bezerros tenham
capacidade de tornar-se novilhos precoces.
     Durante a  reunião, também foi aprovado requerimento  do deputado
Paulo Piau  (PFL) solicitando  que as  comissões de  Agropecuária  das
assembléias legislativas  do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul
e Mato  Grosso do  Sul busquem  a participação de São Paulo e de Minas
Gerais para  que, junto  com a  Frente Parlamentar  de Agropecuária da
Câmara Federal, seja discutido o projeto "Fórum Replantar Brasil".
     Participaram da  reunião os  deputados Paulo  Piau (PFL),  que  a
presidiu, Elbe  Brandão (PSDB),  Jorge Eduardo  de Oliveira  (PMDB)  e
Álvaro  Antônio  (PDT).  Também  estavam  presentes  o  supervisor  de
Produção Animal  do IMA,  Altino Rodrigues  Neto; Antônio  Jesus  Pena
(Afrig) e Sebastião César Cardoso Brandão.

Alemg discute organização de seminário sobre reforma agrária
     A  Assembléia   Legislativa   reuniu   na   quarta-feira   (19/6)
representantes de cerca de 20 entidades para discutir a organização do
seminário sobre  Reforma Agrária, que vai acontecer no final do mês de
agosto, a  requerimento do  deputado Almir Paraca (PT). O encontro foi
coordenado pelo  presidente da  Comissão de  Agropecuária  e  Política
Rural, deputado  Paulo Piau  (PFL) e teve a participação do presidente
do Tribunal  de Justiça,  des.  Márcio  Aristeu  Monteiro  de  Barros;
assessor especial  para Reforma  Agrária  do  governo  estadual,  João
Batista dos  Mares Guia;  do  secretário  de  Estado  de  Agricultura,
Alysson Paulineli;  e do  presidente do  Incra/MG, Melchior Augusto de
Melo.
     O assessor do governo, João Batista dos Mares Guia, fez uma longa
exposição sobre  o projeto  do governo  para  essa  área  e  sobre  os
encontros  que   já  vêm   sendo  realizados  com  representantes  dos
trabalhadores rurais sem-terra, lideranças ruralistas, igreja e outros
órgãos  do   governo.  Segundo  o  assessor  e  secretário-adjunto  da
Educação, a  iniciativa busca um consenso em torno das ações que devem
ser tomadas  para solucionar  o  problema  fundiário  no  Estado.  Ele
informou, ainda,  que  em  várias  regiões  as  soluções  estão  sendo
negociadas  com   diálogo  e   que  várias  propriedades  estão  sendo
adquiridas ou desapropriadas sem atritos.
     O secretário  da Agricultura,  Alysson Paulineli,  falou sobre  a
importância de  se criarem  condições para  os assentamentos futuros e
para os  já existentes,  com a destinação de recursos para os projetos
de reforma  agrária, como  única forma  de  manter  os  assentamentos.
Também defendeu  uma política  agrícola que contemple preços mínimos e
crédito  para  a  comercialização  dos  produtos  como  saída  para  a
sobrevivência do produtor rural.
     Ao longo  da reunião,  foram feitas  sugestões de temas e painéis
para  serem  discutidos  durante  a  realização  do  seminário.  Essas
propostas serão  reunidas e  analisadas por  uma comissão  formada por
representantes de oito entidades (MST, CPT, Fetaemg, Incra, governo do
Estado, Universidade,  Faemg e  Assembléia). No  próximo dia  26, será
apresentado um  modelo preliminar  de organização  do seminário,  para
representantes de 31 entidades.
     Participaram  da   reunião  representantes  da  Emater,  Cáritas,
Epamig,  Faemg,   Ruralminas,   Fetaemg,   Secretaria   Municipal   de
Abastecimento, Ministério Público, Incra, Fundação João Pinheiro, Rede
de  Tecnologia   Alternativa,  Comissão  Pastoral  da  Terra,  Polícia
Militar,  Universidade   de  Lavras,  PUC,  Secretaria  de  Estado  da
Agricultura, Ruralminas, Tribunal de Justiça, além dos deputados Paulo
Piau (PFL),  Marcos Helênio  (PT), Gilmar  Machado (PT)  e João  Leite
(PSDB).

Atingidos por barragens apresentam propostas à Assembléia Legislativa
     A regulamentação  do artigo  194  da  Constituição  mineira,  que
responsabiliza o  Estado pela  promoção de  um  plano  de  assistência
social às  populações de áreas inundadas por reservatórios, encabeça a
lista de reivindicações das famílias de áreas atingidas por barragens,
encaminhada ao  deputado Ivo José (PT), presidente da Comissão de Meio
Ambiente, na quarta-feira (19).
     O documento  foi entregue  durante audiência pública da Comissão,
convocada para debater o impacto sobre a população ribeirinha e o meio
ambiente, por  obras  de  construção  de  barragens.  Participaram  da
reunião, representantes  de várias  entidades ligadas  a movimentos de
atingidos  por  barragens  e  de  órgãos  públicos  envolvidos  com  o
problema, como a Cemig e a Fundação do Meio Ambiente (Feam).
     O representante  da Comissão  Pastoral da Terra, Ricardo Ferreira
Ribeiro, advertiu  que as  obras  de  construção  de  barragens  estão
trazendo mais  problemas que  soluções  para  as  regiões  onde  estão
instaladas.  As   famílias  das   áreas  inundadas   estão   recebendo
indenizações insuficientes  para repor  seus  bens.  "Eles  nem  sabem
calcular o  valor de seus bens, acumulados ao longo de várias gerações
e com valor apenas de uso - disse ele -, pois nunca pensaram em dispor
desse patrimônio".
     Impacto econômico  - Outro  problema provocado  pelas obras  é  a
desarticulação das  atividades produtivas  da região, especialmente no
período da  mudança, agravando  a situação de miséria das famílias não
proprietárias e  de pequenos produtores. Diante desse quadro, que hoje
ameaça perto  de 10  mil pessoas  em Minas  Gerais e  já atingiu,  nos
últimos 30  anos, mais  de 1  milhão  em  todo  o  Brasil,  é  que  os
movimentos  dos   atingidos  por   barragens  estão   reivindicando  a
regulamentação do artigo 164 da Constituição do Estado.
     Falando em  nome dessas  famílias, Ricardo Ribeiro defendeu que o
projeto de  regulamentação  inclua,  como  condição  obrigatória  para
início da  instalação do  reservatório, o  reassentamento das famílias
atingidas. "Isso  é o  mínimo  que  deveria  ser  feito"  -  frisou  o
representante da  Pastoral da  Terra, propondo  que as  famílias sejam
transferidas para  áreas vizinhas  à que  moravam, de  preferência  no
mesmo município, para que não percam seus laços familiares e culturais
e  tendo  ainda  garantida  as  obras  de  infra-estrutura  dos  novos
povoamentos.
     Os movimentos  reivindicam ainda  que, durante a fase de mudança,
as famílias  atingidas recebam  um salário,  já  que  suas  atividades
produtivas  estarão  suspensas  e,  depois  de  reinstaladas,  recebam
assistência técnica e recursos subsidiados para que possam reconstruir
suas plantações.
     O presidente  da Comissão  de Meio  Ambiente, deputado  Ivo José,
destacou a importância da continuidade dessa discussão sobre o impacto
sócio-econômico das  obras de barramento e adiantou que a Comissão irá
analisar as reivindicações das famílias atingidas e dar encaminhamento
às reformulações legislativas que se fizerem necessárias.
     Participaram  ainda  da  reunião  os  deputados  Antônio  Roberto
(PMDB), Wilson Trópia (PV) e Geraldo Rezende (PMDB).

CPI faz inspeção "in loco" em empresas em Contagem
Os integrantes da CPI encarregada de analisar o processo de cálculo do
Valor Adicionado  Fiscal (VAF)  dos municípios  mineiros  iniciam,  na
próxima segunda-feira  (24), uma série de viagens para conferirem, "in
loco",  a  documentação  de  empresas  suspeitas  de  envolvimento  em
irregularidades. A primeira cidade a ser visitada é Contagem.

Responsável pela informação: Francisco Mendes - GCS - 031-2907800