Programa Para Produtores Rurais Terá Segunda Fase em 1996
O superintendente da Sudenor (Superintendência de Desenvolvimento do Norte de Minas), Rúbio de Andrade, afirmou nesta...
15/06/1998 - 19:03Programa Para Produtores Rurais Terá Segunda Fase em 1996
O superintendente da Sudenor (Superintendência de Desenvolvimento do Norte de Minas), Rúbio de Andrade, afirmou nesta terça-feira (04- 06), na Assembléia Legislativa, que em janeiro do próximo ano deverá já estar assinado convênio para a implantação da segunda etapa do Programa de Apoio ao Produtor Rural (PAP). Esta etapa envolverá não só municípios do Norte do Estado mas 150 municípios dos vales do Mucuri e do Jequitinhonha e do Norte de Minas. Rúbio participou de reunião da Comissão Especial criada para averiguar e propor soluções urgentes para os problemas de municípios do Médio Jequitinhonha decorrentes da seca. A inclusão de municípios dos dois vales ao PAP-2, disse o superintendente da Sudenor, foi uma decisão do governador Eduardo Azeredo. O PAP-2 - voltado para redução da probreza rural -envolverá recursos de US$ 117 milhões, que serão destinados a financiamentos de pequenos projetos comunitários. Os recursos para o programa estão sendo negociados com o Banco Mundial. Também participou da reunião o presidente da Copasa, Rui Lage, que afirmou que a empresa está atenta e desenvolvendo ações para solução de problemas do Vale do Jequitinhonha. Ele destacou que o principal problema de abastecimento de água, cuja solução está difícil, se localiza no município de Pedra Azul, que necessita da construção de uma barragem de R$ 3 milhões. Rui Lage reconheceu, porém, que a situação em todo o Vale do Jequitinhonha "é complicada" devido à seca, que este ano começou mais cedo. A Copasa, disse, tem papel social mas também não pode deixar de levar com conta a necessidade de obter recursos, através da cobrança de seus serviços após realizar investimento. Desta forma, disse, é mais fácil vender água para a Zona Sul de Belo Horizonte e para fábricas, que têm recursos, do que para o Vale do Jequitinhonha. Já o coronel Antônio Caetano Almeida Júnior, diretor da Diretoria de Atividades Especializadas da Polícia Militar de Minas Gerais, abordou a questão dos garimpos às margens do Rio Jequitinhonha e afirmou faltar integração dos diversos setores do Governo Estadual para o combate eficaz dos garimpos clandestinos, grande problema do rio. Ele defendeu a criação do Grupo Coordenador da Fiscalização Ambiental Integrada, integrado por representantes de vários órgãos como o IEF e o Ibama. O presidente da Comissão Especial, deputado Cleuber Carneiro (PFL), disse que o problema do Vale do Jequitinhonha é estrutural e que os problemas tratados na reunião desta terça-feira foram constatados em recente viagem à reunião realizada pelos deputados estaduais. O autor do requerimento para formação da Comissão Especial, deputado Carlos Murta (PPB), destacou que a situação "é calamitosa" no Vale do Jequitinhonha, enquanto o deputado Geraldo Rezende (PMDB) criticou a atuação da Copasa, que, em sua opinião, possui um sistema antidemocrático, prejudicando regiões como o Vale do Jequitinhonha. Já o deputado Péricles Ferreira (PSDB) elogiou a atuação da Copasa na região. A deputada Maria José Haueisen (PT) disse que o povo do Jequitinhonha "está morrendo devido à fala de água". E o deputado Ivo José (PT) afirmou que os trabalhos da Comissão Especial somente terão sentido se forem encontradas soluções definitivas para os problemas do Vale do Jequitinhonha. Participaram da reunião os deputados Cleuber Carneiro (PFL) - presidente, Ivo José (PT) - vice-presidente, Geraldo Rezende (PMDB), Carlos Murta (PPB), Maria José Haueisen (PT), Péricles Ferreira (PSDB), Romeu Queiroz (PSDB), Jairo Ataíde (PFL) e Gil Pereira (PPB).
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