Fiscalização Financeira aprecia projetos do governo

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) apreciou, na terça-feira (2) à tarde, pareceres sobre quat...

15/06/1998 - 19:04

Fiscalização Financeira aprecia projetos do governo



     A  Comissão  de  Fiscalização  Financeira  e  Orçamentária  (FFO)

apreciou, na  terça-feira (2) à tarde, pareceres sobre quatro projetos

de lei do governador do Estado.

     MGS -  O primeiro  foi o Projeto de Lei nº 817/96, que autoriza o

Poder Executivo a assumir débito da empresa Minas Gerais Administração

e Serviços S.A. (MGS). A Comissão aprovou o parecer, de segundo turno,

do deputado  Romeu Queiroz (PSDB), que opinou pela aprovação, na forma

do vencido  no primeiro turno, com a emenda nº 1, apresentada por ele.

A emenda  corrige erro  do projeto  original quanto  ao período em que

ocorreram  as   irregularidades  no   recolhimento  das  contribuições

previdenciárias da  MGS -  no projeto  está de  fevereiro  de  1988  a

dezembro de  1994, e  a emenda  colocar o período de janeiro de 1983 a

dezembro de 1994.

     O projeto  autoriza o  Poder Executivo  a assumir débito junto ao

Instituto Nacional  de Seguridade  Social (INSS),  decorrente do  não-

recolhimento  de   contribuições  de   empregador,  no   caso  empresa

pertencente ao  Estado de  Minas Gerais. Assumindo a dívida, o governo

se beneficiará da Lei Federal nº 9.129, de 20 de dezembro de 1995, que

isenta os  estados, municípios  e o  Distrito Federal  do pagamento de

multas. O valor total do débito levantado pelo INSS, incluída a multa,

é de  R$ 23,8 milhões e será pago em 96 parcelas mensais, deduzindo-se

o valor da multa. A dívida corrigida atinge R$ 12,1 milhões; os juros,

R$ 5 milhões e o valor da multa é de R$ 5,7 milhões.

     Find -  O Projeto de Lei nº 834/96, que alter a Lei nº 11.393, de

6/1/96, que  cria o  Fundo de  Incentivo  à  Industrialização  (Find),

também foi  apreciado pela  FFO. Foi  aprovado o  parecer do  deputado

Sebastião  Costa  (PFL),  sobre  as  emendas  apresentadas  durante  a

discussão  do   projeto  em   Plenário,  em   primeiro  turno.   Foram

apresentadas as emendas nº 3 a 7 e nº 9, pelo deputado Anderson Adauto

(PMDB), e a emenda nº 8, pelo deputado Gilmar Machado (PT).

     O relator  opinou pela  aprovação das  emendas nº 3, 4, 5, 6 e 10

(esta última apresentada por ele) e pela rejeição das emendas nº 5, 7,

8 e  9. Segundo  o relator,  as emendas  nº 3,  4 e  6 possuem sentido

semelhante. Destinam-se  a incluir  o setor  agroindustrial  entre  os

possíveis beneficiários  do Find,  estendendo a ele a possibilidade de

se financiar com os recursos do Fundo. A emenda nº 5 estabelece que os

recursos do  Find sejam preferencialmente destinados ao atendimento de

programas  e   ações  em  municípios  com  população  de  até  50  mil

habitantes. A emenda nº 7 autoriza a destinação dos recursos do Proim,

em casos  de interesse  público justificado e relevante, para obras de

natureza  pública,   realizadas  por  empresa  ou  grupo  de  mepresas

privadas. O  relator destacou  que seria  mais adequado manter o Fundo

destinando recursos  unicamente para  os fins  que justificaram  a sua

constituição e fazer com que outras demandas sejam satisfeitas através

de outros  instrumentos. A  emenda nº  8 propõe  que a instituição dos

novos programas  a serem financiados pelo Fundo seja feita por meio de

lei. A  emenda nº  9 visa  conceder ao  grupo coordenador  do Fundo  a

possibilidade de aprovar a concessão de financiamento para projeto que

traduza  situação  excepcional  e  que  tenha  sido  encaminhado  pelo

governador do Estado. A emenda nº 10 acrescenta a alínea "f" ao inciso

I do  artigo II da Proposição de Lei nº 13.071, de 27/6/96, que cria o

Fundiest. A  emenda visa  incluir no  grupo  coordenador  do  fundo  a

Companhia de Distritos Industriais (CDI).

     Empréstimo -  Outro projeto de lei que teve parecer aprovado pela

Comissão de Fiscalização Financeira foi o nº 835/96, também em segundo

turno.   O relator,  deputado  Geraldo  Rezende  (PMDB),  opinou  pela

aprovação na  forma do vencido no 1º turno. O projeto autoriza o Poder

Executivo a  contratar empréstimo,  junto à Companhia Vale do Rio Doce

(CVRD), de  R$ 8,8 milhões. Os recursos destinam-se a programa e obras

para o  desenvolvimento da região mineira sob influência da Companhia.

O financiamento  irá integrar  o passivo  permanente  do  Estado  como

dívida fundada interna por contratos e, conforme disposto no artigo 5º

da proposição,  o Executivo deverá consignar na lei orçamentária anual

dotações suficientes  para a  amortização do  principal e dos encargos

dessa operação  de crédito.  O artigo  2º  estabelece,  ainda,  que  o

Executivo deverá  encaminhar à Assembléia Legislativa, para análise, o

contrato de  empréstimo celebrado  com a  Vale do  Rio Doce,  no prazo

máximo de 30 dias contados da assinatura.



     Imóveis -  Também foi  aprovado  parecer  de  segundo  turno,  do

deputado Leonídio  Bouças (PFL), sobre o Projeto de Lei nº 857/96, que

autoriza o  Executivo a  alienar imóveis  que especifica, situados nos

municípios de  Curvelo, Sabinópolis  e Pouso  Alegre. O relator opinou

pela aprovação  do projeto  na forma do vencido no primeiro turno, com

as emendas nº 1 e 2, apresentadas por ele.

     A emenda  nº 1  autoriza o Executivo a doar à Associação Betel de

Assistência Social  (Abas) imóvel  situado no  município de  Contagem.

Segundo Leonídio  Bouças, o  imóvel pertencia à associação, tendo sido

desapropriado pelo  Estado para  a consecução  das obras da central de

abastecimento. Mas não foi dada a destinação prevista para o imóvel, a

qual constava  no  ato  expropriatório.  A  emenda  nº  2  autoriza  o

Executivo a permutar os imóveis relacionados na proposição em tela por

outro imóvel,  produtos  ou  serviços,  quando  ocorrer  interesse  do

Governo.

     A reunião  foi presidida inicialmente pelo deputado Romeu Queiroz

(PSDB). Em  seguida,  o  deputado  Miguel  Martini  (PSDB)  assumiu  a

presidência. Estiveram  presentes,  além  dos  parlamentares  citados,

Marcos Helênio  e Durval  Ângelo (PT),  Arnaldo Penna  (PSDB),  Djalma

Diniz (PFL),  Olinto Godinho  (PL), Bonifácio  Mourão (PMDB)  e Glycon

Terra Pinto (PPB).

Responsável pela informação: Fabiola Farage - GCS - 031-2907800