Reunião Ordinária Plenário

Não houve votação de projetos na Reunião Ordinária da tarde de ontem. As discussões e votações se deram em torno dos ...

21/05/1998 - 02:46

Reunião Ordinária Plenário



     Não houve  votação de projetos na Reunião Ordinária da tarde de ontem. As

discussões e votações se deram em torno dos requerimentos.

     Foram rejeitados  os seguintes requerimentos: do deputado Marcos Helênio,

que requer  audiência da  Comissão de Defesa do Consumidor para emitir parecer

sobre o  PL 1.715/98; do deputado Gilmar Machado, que requer a distribuição do

PL  1.570/98   à  Comissão  de  Defesa  do  Consumidor;  do  deputado  Geraldo

Nascimento, que  requer seja o PL 1.179/97 distribuído à Comissão de Defesa do

Consumidor; e  do deputado  Anderson Adauto, que requer seja o PL 1.733/98, do

governador, distribuído à Comissão de Saúde.

     Foram aprovados  os seguintes  requerimentos: do deputado Marcos Helênio,

que requer  audiência da Comissão de Meio Ambiente para emitir parecer sobre o

PL 1.596/98;  do deputado  Marcos Helênio, que requer audiência da Comissão do

Trabalho para emitir parecer sobre o PL 1.441/97; do deputado Leonídio Bouças,

que requer  seja  formulado  apelo  ao  diretor  administrativo-financeiro  da

Transportes Aéreos  Regionais  -  TAM,  no  sentido  de  que  sejam  prestados

esclarecimentos com  relação aos  valores cobrados  pela empresa  para os vôos

Belo Horizonte/Uberlândia-Uberlândia/Belo  Horizonte; da Comissão do Trabalho,

da Previdência  e Ação  Social, que  requer a  apreciação do  PLC  27/97  pela

Comissão do Trabalho.

     Ainda na  reunião, foram  deferidos dois  requerimentos do  deputado José

Militão, pedindo  o exame  dos PLs  1.214/97 e  1.259/97 pelas comissões a que

tenham sido distribuídos, uma vez que a Comissão de Justiça perdeu o prazo.



     Mensagens do governador

     O presidente  leu duas  mensagens do governador encaminhando à Assembléia

os projetos  de lei 1.758/98, que autoriza a reversão de imóvel que especifica

a Marina  Machado Real;  e 1.757/98,  que autoriza o Poder Executivo a alienar

imóveis de propriedade do Estado.



     Comissão Especial

     O presidente  designou ontem  os deputados  que  vão  formar  a  Comissão

Especial para  emitir parecer sobre a indicação dos professores Carlos Roberto

de Souza,  Maria de  Lourdes Melo  Prais, Ronaldo  de Noronha e do pastor Ader

Alves de Assis para integrarem o Conselho Estadual de Educação.

     Foram designados  os seguintes  deputados: José  Maria Barros  e  Arnaldo

Penna (suplente),  pelo PSDB;  Bilac Pinto  e Sebastião Costa (suplente), pelo

PFL; Antônio  Andrade e  Antônio Roberto,  pelo PMDB;  Ivair Nogueira  e  José

Braga, pelo PDT; e Gilmar Machado e Maria José Haueisen, pelo PT.



     Decisão normativa da Presidência

     Ainda na  reunião ordinária  de ontem,  foi  lida  decisão  normativa  da

Presidência, na  qual determina  que as  matérias em prosseguimento de votação

terão  preferência   sobre  as  demais,  inclusive  as  que  forem  objeto  de

requerimento de  alteração da ordem do dia, alvo por deliberação do Colégio de

Líderes, formalizada em acordo subscrito pela totalidade de seus membros.



     Corregedor defende distribuição de verbas sociais pelos deputados

     Durante a  discussão dos  requerimentos, os  deputados Ermano  Batista  e

Adelmo Carneiro Leão fizeram pronunciamento com base no artigo 70 do Regimento

Interno da Assembléia, para falar sobre matéria de interesse relevante.

     O deputado  Ermano Batista,  na condição  de  corregedor  da  Assembléia,

defendeu a  manutenção da  distribuição de  verbas para subvenção social pelos

deputados. Segundo  ele, as investidas que vêm sendo feitas contra a subvenção

social sustentam-se  em argumentos  segundo os  quais ela  estaria atrelada  à

participação de  conselhos populares, já que um dos princípios constitucionais

é o  que garante a participação da população. Lembrou que a distribuição pelos

deputados não  despreza essa  participação, já  que "a  Assembléia Legislativa

compõem-se de  legítimos representantes  populares, eleitos  que são pelo voto

direto.

     Segundo o  deputado, o  argumento segundo  o qual a indicação feita pelos

deputados careceria  de representatividade  popular torna-se,  então, vazio  e

despido de  sentido, e  que esse  é apenas  um dos  equívocos em  que incorrem

aqueles que  insistem em  acusar de inconstitucional o sistema de distribuição

de subvenções.



     O deputado  considera, ainda,  que o  erro maior  está na confusão que se

estabelece entre  o sistema  nacional de  assistência social  e a  assistência

social como  um todo.  Segundo ele, o sistema integrado de ação social, que se

dá diante  de normas condicionadoras da União para os Estados e desses para os

municípios não  esgota a  política de assistência social, que pode compreender

outras medidas  de cada  esfera da  Federação. Para  o deputado,  a legislação

federal prevê  a autonomia  dos entes  federados para  fixar suas  respectivas

políticas de assistência social.

     Ermano Batista  parte  dessa  premissa  para  explicar  que  os  recursos

destinados à  subvenção social   não  decorrem de repasse do sistema nacional,

nem do  Fundo Estadual  e sim diretamente do Tesouro, como recursos ordinários

livres, previstos  em rubrica própria do orçamento de um dos poderes autônomos

do Estado,  para celebração  de convênios que visam a prestação de assistência

social.

     O corregedor  completou seu  discurso lembrando  que as verbas utilizadas

para subvenção  são uma  opção dos  deputados, que  em  vez  de  usá-las  para

aparelhar melhor  seus gabinetes,  as utilizam  com  o  fim  de  promover  uma

descentralização da distribuição de verbas sociais, atendendo todas as regiões

do Estado. Ermano Batista disse, ainda que são os únicos recursos públicos que

chegam de  forma integral  ao seu  destino. Disse, ainda, que o fato de poucas

entidades usarem  mal o  dinheiro, não  deve servir de pretexto para se acabar

com essa  distribuição. O  que deve  acontecer, disse  ele, é a punição dessas

entidades.



     Deputado critica posição do corregedor

     O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) criticou o discurso do corregedor da

Assembléia. Disse  que a  preocupação dos deputados não tem sido a assistência

social, mas  os interesses pessoais e individuais. Segundo o parlamentar, se a

preocupação fosse  de fato a assistência social deveriam ser criados critérios

mais  universais   de  distribuição   do  dinheiro,   através  dos  mecanismos

constitucionais como o Fundo de Assistência Social.

     Adelmo Carneiro  Leão citou  os problemas  enfrentados pela  população do

Norte de  Minas e  indagou se  não seria  o caso de destinar todos os recursos

para atender  as pessoas  daquela região  e evitar  que elas  passem  fome.  O

deputado rechaçou a interpretação de que a distribuição é uma generosidade dos

parlamentares. "Esse  é um  dinheiro do povo de Minas Gerais e que não deveria

ser distribuído por critérios individuais e ganhos pessoais", disse.

Responsável pela informação: Rodrigo Lucena - GCS - 031-2907800