Deputados analisam situação da Imprensa Oficial
Desde que a Imprensa Oficial do Estado tornou-se uma autarquia, em 1993, ela vem passando por um permanente processo ...
07/05/1998 - 06:45Deputados analisam situação da Imprensa Oficial
Desde que a Imprensa Oficial do Estado tornou-se uma autarquia, em 1993, ela vem passando por um permanente processo de modernização administrativa, que tem resultado em benefícios para os funcionários. A afirmação é do diretor da Imprensa Oficial, José Maria da Mata Mourão, que compareceu ontem à reunião da Comissão de Administração Pública para prestar esclarecimentos sobre a atual situação financeira da autarquia. De acordo com o diretor, o quadro de pessoal foi enxugado, passando de 564 para 250 servidores, mas estes tiveram ganhos com a implantação de um Plano de Cargos e Salários, constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e programa de treinamentos. O parque gráfico foi modernizado, o mesmo acontecendo com o sistema de telefonia e a frota de veículos. As redes elétrica e hidráulica, antigas e deficientes, também foram reformadas. "Hoje, com a descentralização administrativa, tudo é normatizado e criamos, inclusive, uma Corregedoria Administrativa", disse. Suplementos - Mata Mourão falou, ainda, sobre a transferência da gestão das publicações, que permitiram maior dinamismo à Imprensa Oficial. O noticiário ficou a cargo da Secretaria da Casa Civil e Comunicação Social; o suplemento literário passou a ser feito pela Secretaria de Cultura; o suplemento rural, pela Secretaria de Agricultura; e o Teatro Clara Nunes é, agora, controlado pela Fundação Clóvis Salgado. Internet - José Maria da Mata Mourão informou, também, que hoje o jornal está disponível pela Internet antes mesmo de ser impresso, o que explica a diminuição do número de assinaturas. Atualmente, o número de assinantes do "Minas Gerais" corresponde a 66% do total registrado em 1996. Diante disso, o deputado Gilmar Machado (PT), autor do requerimento que deu origem à reunião, questionou a validade de investimentos superiores a US$ 4 milhões em equipamentos gráficos. O diretor alegou que a opção era pela aquisição do que havia de melhor em termos de equipamentos, para que a Imprensa Oficial tivesse condições de competir no mercado e de oferecer outros serviços ao Estado, inclusive a impressão de bilhetes de loteria. O presidente da União Nacional de Servidores Públicos (UNSP), Sebastião Soares da Silva, presente à reunião, elogiou o trabalho de modernização da autarquia, mas denunciou a retenção de recursos da Imprensa Oficial pelo Governo. Segundo ele, esse controle dos recursos poderá levar a um sucateamento da autarquia, a exemplo do que aconteceu com o Ipsemg. O secretário-adjunto da Fazenda, Luís Antônio Athayde, descartou que haja risco de sucateamento e disse que o dinheiro tem ficado no Bemge "para melhor utilização pelo Estado". Presenças - Participaram da reunião, presidida pelo deputado Leonídio Bouças (PFL), os deputados Gilmar Machado (PT) e Arnaldo Penna (PSDB). Também estiveram presentes o diretor da Imprensa Oficial, José Maria da Mata Mourão; o presidente da UNSP, Sebastião Soares da Silva; da diretora de Finanças da UNSP, Joelísia Moreira Feitosa; e o secretário-adjunto da Fazenda, Luís Antônio Athayde.
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