Negada equiparação salarial aos defensores públicos
Plenário mantém veto à equiparação salarial dos defensores públicos Os advogados oriundos de várias categorias do ser...
03/04/1998 - 02:33Negada equiparação salarial aos defensores públicos
Plenário mantém veto à equiparação salarial dos defensores públicos Os advogados oriundos de várias categorias do serviço público, inclusive da extinta MinasCaixa, que atuam como defensores públicos, passarão a integrar o Quadro Suplementar da Defensoria Pública do Estado. Por maioria de votos, na reunião extraordinária noturna de terça-feira (31/03), a Assembléia Legislativa rejeitou o veto do governador do Estado ao artigo 2º da Proposição de Lei 13.597, considerado inconstitucional pelo chefe do Executivo. Os deputados decidiram acatar o artigo, que é originário da emenda de autoria do relator da CPI do Sistema Penitenciário, deputado Ivair Nogueira (PDT). Entretanto, no prosseguimento da apreciação do veto, na noite de quarta- feira (01/04), por 29 votos a favor e 11 contra (são necessários 39 votos para rejeitar o veto), os deputados mantiveram o veto do governador ao artigo 3º, também considerado inconstitucional pelo governador. O artigo vetado propunha que o defensor público do Quadro Suplementar perceberia vencimento correspondente a 70% do vencimento do defensor público de primeira classe, e faria jus à verba de representação a que os defensores públicos têm direito. O salário inicial de carreira dos defensores públicos de primeira classe é de R$ 674,39, enquanto os defensores do Quadro Suplementar ganham no máximo R$ 300,00 mensais. Presidente da Assembléia promulgará a nova lei A CPI do Sistema Penitenciário constatou que é muito reduzido o número de defensores públicos no Estado. Hoje existem apenas 218 defensores de carreira e 125 do Quadro Suplementar, distribuídos em 302 comarcas do interior e na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Recentemente foi realizado concurso para preenchimento de mais 300 vagas, que ainda não foram preenchidas. A proposta inicial do projeto é de equiparação do número de defensores com o de juízes, que somam 604 em todo o Estado. A proposição de lei será promulgada pelo presidente da Assembléia e transformada em lei nos próximos dias, caso o governador do Estado não recorra da decisão ao Poder Judiciário.
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