Adiado parecer sobre projeto que regulamenta Justiça de Paz
Devido a pedido de vista formulado pelo deputado Antônio Júlio (PMDB), a Comissão de Constituição e Justiça não votou...
30/04/1998 - 02:22Adiado parecer sobre projeto que regulamenta Justiça de Paz
Devido a pedido de vista formulado pelo deputado Antônio Júlio (PMDB), a Comissão de Constituição e Justiça não votou, ontem, parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 1.551/97, do Tribunal de Justiça, que regulamenta o funcionamento da Justiça de Paz no Estado. O projeto tramita desde dezembro do ano passado, em 1º turno. Dentre as mudanças introduzidas pelo projeto está a eleição do juiz de Paz pelo voto direto, universal e secreto do eleitorado do distrito ou subdistrito judiciário. Os eleitos terão mandato de quatro anos, coincidindo com o de vereador. O relator da matéria, na Comissão de Justiça, é o deputado João Batista de Oliveira (PDT). Ainda na reunião de ontem, a Comissão apreciou e votou pareceres sobre diversos outros projetos. O PL 1.576/97, do deputado Durval Ângelo (PT), que institui a comprovação da não-utilização de mão-de-obra infantil para participar de licitações, recebeu parecer pela inconstitucionalidade e será, agora, submetido ao Plenário. O relator foi o deputado Antônio Júlio. O PL 1.269/97, do deputado Sebastião Costa (PFL), que autoriza doação de imóvel ao município de São Sebastião da Vargem Alegre, teve parecer favorável. Diagnóstico da Aids - Também recebeu parecer pela constitucionalidade o PL 1.569/97, do deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT), que assegura o oferecimento gratuito, pelo Estado, dos exames para diagnóstico da Aids em gestantes atendidas pela rede pública. O parecer, do deputado João Batista de Oliveira, incluiu uma emenda ao projeto. O PL 1.527/97, do deputado Ronaldo Vasconcellos (PL), que proíbe a aplicação de tatuagens e adornos em menores de idade, foi outra proposição que recebeu parecer pela constitucionalidade. Outros seis projetos tiveram pareceres favoráveis aprovados: o PL 1.597/98, da deputada Maria José Haueisen (PT), que autoriza o Executivo a celebrar convênios com os correios; o PL 1.613/98, do deputado Gilmar Machado (PT), que torna obrigatória a instalação de dispositivos de segurança nas agências e postos de serviços bancários; o PL 1.617/98, do deputado Jorge Hannas (PFL), que obriga o hasteamento da bandeira nacional e a execução do hino nacional nas escolas públicas; o PL 1.645/98, do deputado Paulo Piau (PFL), que isenta de pagamento do IPVA os veículos destinados exclusivamente ao transporte escolar; o PL 1.666/98, do governador, que cria uma penitenciária em Governador Valadares; e o PL 1.644/98, do deputado Leonídio Bouças (PFL), que institiu a Medalha Construtor do Progresso. Pareceres adiados - O deputado João Batista de Oliveira, relator do PL 1.509/97, do deputado Miguel Martini (PSN), que disciplina a celebração de instrumentos de colaboração associativa, de natureza financeira, que tenham por objetivo a execução de projetos ou realização de eventos, pediu prazo regimental para emitir seu parecer. Os deputados Marcos Helênio e Antônio Júlio também solicitaram prazo para emitirem pareceres sobre o PL 1.585/97 e o PL 1.621/98, respectivamente. Pedido de vista - O deputado Marcos Helênio pediu, ainda, vista de dois pareceres emitidos pelo deputado Tarcísio Henriques: sobre o PL 1.655/98, que cria a Ouvidoria Ambiental do Estado, e o PL 1.590/97, que proíbe o uso e comercialização de agrotóxicos a base das substâncias que discrimina. Ambos são de autoria do deputado Durval Ângelo e tiveram pareceres pela inconstitucionalidade. Finalmente, o presidente da Comissão determinou que fosse retirado da pauta o ofício nº 25/97, do Tribunal de Justiça, que tramita em turno único e solicita licença para processar criminalmente o deputado Durval Ângelo. O pedido origina-se em processo movido pelo deputado Tarcísio Henriques que, quando ocupava o cargo de secretário de Justiça, sentiu-se ofendido com declarações feitas por Durval Ângelo ao final dos trabalhos da CPI do Sistema Penitenciário, no ano passado. O PL 1.631/98, do deputado Antônio Júlio, também foi retirado de pauta por requerimento do autor. O projeto dispõe sobre a quitação de crédito tributário com precatórios. Foram votadas, ainda, diversas proposições que dispensam apreciação do Plenário. Presenças - Compareceram à reunião os deputados Hely Tarquínio (PSDB), que a presidiu; Antônio Júlio (PMDB); Marcos Helênio (PT); João Batista de Oliveira (PDT); Tarcísio Henriques (PSDB) e Paulo Piau (PFL). A reunião também foi acompanhada por juízes de Paz, interessados na tramitação do PL 1.527/97
Responsável pela informação: Jorge Possa - GCS - 031-2907800