Teleconferência na AL discute a municipalização do ensino
Todas as regiões do Estado estiverem interligadas via satélite à Assembléia Legislativa, na manhã de ontem (02/12), d...
02/12/1997 - 09:36Teleconferência na AL discute a municipalização do ensino
Todas as regiões do Estado estiverem interligadas via satélite à Assembléia Legislativa, na manhã de ontem (02/12), durante a realização da Teleconferência sobre a municipalização do ensino e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental-FUNDÃO, criado pela Emenda nº14.A Teleconferência reuniu diversos deputados,prefeitos, vereadores, profissionais de ensino, diretores, inspetores, professores e estudantes, que durante toda manhã assistiram pela televisão às discussões sobre a municipalização do ensino com representantes do Governo, das associações de municípios e do Sindi-UTE.Através de faxes, i-mail, telefonemas, pessoas de diversas regiões do Estado entraram em contrato com o pessoal da Assembléia solicitando explicações e tirando dúvidas com os palestristas sobre a nova lei. O presidente da Assembléia, deputado Romeu Queiroz abriu a Teleconferência lembrando que, no dia 1º de janeiro próximo terá início a vigência plena da Lei 9424, de 24 de dezembro de 1996, que institui o Fundão.Trata-se de um conjunto de normas que pretendem revolucionar nacionalmente o sistema de financiamento do ensino fundamental brasileiro. Romeu Queiroz lembrou que todos precisam estar atentos para que às novas responsabilidades correspondam os respectivos recursos." Os cofres municipais foram os principais onerados no processo de estabilização econômica, por isso, não podem sofrer novas sangrias, referindo-se às novas transformações,"salientou Romeu Queiroz. A Teleconferência, segundo o presidente do Legislativo, faz parte de um esforço da Assembléia de Minas para multiplicar os canais de comunicação com o povo. Ela é mais um instrumento para que possamos interiorizar as ações do Legislativo, tornando-o presente em todo o Estado. A primeira parte da Teleconferência foi destacada com uma projeção enfocando a professora Glaura Vasques de Miranda, membro do Conselho Estadual de Educação, sobre as vantagens e desvantagens do Fundão. Em seguida, o secretário de Educação do Estado, João Batista dos Mares Guia fez sua exposição elogiando a iniciativa da Assembléia Legislativa, voltada para os problemas do ensino no Estado, ao realizar 4 seminários sobre o assunto este ano.Segundo o secretário,o documento sobre a municipalização do ensino demandou meses de trabalho envolvendo profissionais do ensino, pessoal técnico e representantes da municipalidade.O documento fala de compromissos recíprocos entre o Estado e os 853 municípios. "'Fizemos diversos demonstrativos provando que a municipalização do ensino não significa perda. Só perderá aquele município que descumprir o que estabelece o Fundão." Para Carlos Roberto de Souza, da UNDIMI,o processo de implantação da lei que criou o Fundão está causando alguns transtornos a municípios submetidos à legislação federal.Sua sugestão é de que se amplie os debates sobre o assunto, porque as questões práticas precisam ser mais explicitadas para os municípios.É preciso que se busque um termo de equilíbrio estratégico que permita aos municípios incorporarem as novas matrículas sem terem grande crescimento de suas despesas.A saída, na sua concepção seria a municipalização da primeira à quarta série e não da quinta à oitava série. Para o presidente da Associação de Micromunicípios Pedro Santos, a escola pública deve privilegiar um ensino de qualidade. E, se não discutirmos com os professores o que estamos fazendo em termos de educação, vamos encontrar maiores problemas com as mudanças. Encerrando a fase de exposições, Antônio Carlos Hilário, do Sindi-UTE, falou sobre a questão da qualidade do ensino."É preciso adotar uma terminologia mais adequada,"custo-aluno-qualidade", que viria impedir a invialização do novo sistema."
Responsável pela informação: Eustaquio Marques - GCS - 031-2907800