Comissão de Saúde discute aplicação da Lei 11.829/95
"As Unimeds não se recusam em ressarcir ao Poder Público o atendimento prestado pelo SUS aos segurados de Planos de S...
04/12/1997 - 11:06Comissão de Saúde discute aplicação da Lei 11.829/95
"As Unimeds não se recusam em ressarcir ao Poder Público o atendimento prestado pelo SUS aos segurados de Planos de Saúde privada do Estado". A afirmação é do presidente da Federação das Unimeds/MG, Níveo Brás de Lima, para quem a cooperativa sempre esteve disposta a realizar os pagamentos ao Serviço Único de Saúde. Segundo ele, a falta da criação de um programa específico que estabeleça os critérios do ressarcimento, é que tem atrasado a aplicação da lei. Níveo Brás de Lima participou da reunião da Comissão de Saúde, que debateu a aplicação da Lei 11.829/95, que dispõe sobre o ressarcimento ao Poder Público de despesas decorrentes de atendimento prestado, no âmbito do SUS, a beneficiários de qualquer modalidade de medicina de grupo. Para o chefe de gabinete do secretário de Estado da Saúde, Leonardo Canabrava Turra, o que está impedindo a definição de uma tabela de cobrança é a diverança dos valores pagos pelo SUS e os dos planos de saúde. O representante da Secretaria alertou que se a cobrança for realizada a partir da tabelas dos planos, poderá criar uma espécie de cliente preferencial. "Para os hospitais da Rede Pública será mais interessante atender esse tipo de paciente que os servidos pelo SUS", alertou Leonardo Canabrava. Segundo ele, a solução pode ser encontrada junto com a Associação Brasileira de Medicina de Grupo, no sentido de estabelecer uma tabela de cobrança condizente com a realidade do sistema de saúde do país. Níveo Brás alegou que o nascimento dos planos de saúde é devido a incapacidade do Estado em atender as demandas apresentadas pala população, no que tange a saúde. Ele alertou que a medicina de grupo contraria o Código de Ética Médica. "A medicina não pode ser utilizada com o fim de lucro", ressaltou. O presidente das Unimeds apontou as cooperativas de médicos como a alternativa para o setor da medicina privada. "Temos que impedir que capitalistas do setor saúde usem das doenças do país para acumularem mais recursos e usem da Saúde como forma de obtenção de lucro", afirmou. A Comissão aprovou um requerimento de autoria do deputado Jorge Hannas (PFL), que solicita que a Comissão envie aos parlamentares mineiros, em Brasília, moção de repúdio em relação a presença do Capital estrangeiro, no setor da Saúde. Outro requerimento aprovado, de autoria do deputado Carlos Pimenta (PSDB), solicita o envio de manifesto aos parlamentares mineiros em Brasília, pela extinção da Fundação Nacional de Saúde. Presenças Participaram da reunião os deputados Jorge Eduardo de Oliveira (PMDB), que a presidiu, Jorge Hannas (PFL), Carlos Pimenta (PSDB) e Adelmo Carneiro Leão (PT).
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