Defesa do consumidor discute caso Encol
O superintendente da Encol em Minas, Vanderli Pereira Dias, afirmou ontem (terça-feira, 09), na reunião da Comissão d...
10/09/1997 - 02:15Defesa do consumidor discute caso Encol
O superintendente da Encol em Minas, Vanderli Pereira Dias, afirmou ontem (terça-feira, 09), na reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, que a situação da empresa no estado é privilegiada. Vanderli esclareceu que a empresa administra 12 empreendimentos na capital, e que esses tem a plena condição de se sustentarem por si mesmos. Para ele, o problema está no fato da solução não poder ser regional. "Estamos amarrados à uma solução global devido ao fato de nossas constituições serem nacionais", destaca Vanderli. Para Vanderli, a raiz do problema está no crescimento não sustentado. Ele explica que o mercado demonstrou-se favorável ao crescimento da construção civil e, por isso, a Encol optou pela "industrialização do setor". O presidente da Associação dos Clientes da Encol, Gleucir Carvalho, alegou que a preocupação maior da associação e de todos os mutuários é a insegurança proporcionada pela compra de imóveis na planta. Ele sugeriu como forma de reduzir a instabilidade provocada por essa modalidade de compra, a criação de um seguro, embora tema que isso possa causar um aumento do custo do imóveis. Para o coordenador do Procon-BH, Rodrigo Botelho Campos, a criação do seguro é bastante salutar. Ele acredita que a implantação da medida fará com que os consumidores se sintam mais tranqüilos em relação ao mercado e com isso todos só haveriam de ganhar. Ele ressaltou, ainda, as alternativas relacionadas à solução dos problemas da empresa são bastante positivas. Para ele a busca de respostas no próprio mercado faz com que a Encol adote uma política adequada, pois não envolve o Estado. "Essa prática condenável de sempre recorrer ao Estado-banco é fruto da ditadura militar. O bom é que ela não está sendo adotada", destaca Rodrigo Campos. Ele ressaltou, ainda, que há uma expectativa de um considerável crescimento no setor da construção civil e que isso implica em uma melhor preparação dos consumidores para enfrentarem essa tendência. Para o vice-presidente do Sinduscon, Teldomiro Diniz Camargo, a implantação do seguro deve se dar dentro de uma perspectiva de desenvolvimento, ou seja, considerando que os custos não podem ser repassados ao consumidor, e que não podem assumir um caráter obrigatório, pois logo se transformariam em norma cartorial, onerando ao consumidor. Requerimento A Comissão aprovou um requerimento de autoria do deputado José Militão (PSDB), que solicita a realização de uma audiência pública, para discutir a instituição de uma comunicação obrigatória aos consumidores que tiveram o seu nome inseridos nas listas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Para participar da reunião ele requer que sejam convidados representantes da Câmara dos Diretores Lojista de Minas Gerais, da Associação Comercial, da Federação do Comércio e do Poder Público. Presenças: Participaram da reunião os deputados Geraldo Nascimento (PT), que a presidiu; José Militão (PSDB) e Ambrósio Pinto (PTB).
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