CPI Ipsemg ouve sup. Hospitalar e de Administração do Instituto
O maior problema do Hospital da Previdência não é de natureza financeira, mas decorrente do déficit de pessoal...
12/06/1997 - 02:12+---------------------------------------------------------------------
+--------------------------------------------------------------------- Maria Teresa - GCS - 031-2907800 +--------------------------------------------------------------------- ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS| +--------------------------------------------------------------------- ASSUNTO EDITORIA DE DATA AUTOR LAUDA| | | | | 1| | | | | CPI Ipsemg ouve sup. Hospitalar| | | | | +--------------------------------------------------------------------- e de Administração do Instituto POL 11/6 TT| | | | | +--------------------------------------------------------------------- O maior problema do Hospital da Previdência não é de natureza financeira, mas decorrente do déficit de pessoal - estimado em 40% - provocado em parte pela adesão ao Programa de Desligamento Voluntário, mas também pela inexistência de concursos públicos para o preenchimento das vagas necessárias, não realizados há cinco anos. O hospital, que tem capacidade para 509 leitos, está com cinqüenta deles inativos, em virtude da carência de recursos humanos, e já desativou quatro salas do bloco cirúrgico por falta de pessoal. A avaliação é do superintendente Hospitalar do Ipsemg, Rui Romano Barbosa, um dos convidados desta quarta-feira(11) da CPI que apura a situação financeira do Ipsemg da Assembléia. O superintendente explicou, quando questionado pelo deputado Gilmar Machado (PT), sobre o impacto do programa no gerenciamento do hospital, que o enxugamento provocado pelo PDV, pelas aposentadorias e também pela desmotivação dos funcionários decorrente da inexistência de um plano de cargos e salários não corresponde à crescente demanda de atendimentos e procedimentos hospitalares, verificada nos últimos anos, no Hospital Governador Israel Pinheiro. "O déficit de pessoal", exemplificou Romano,"não tem permitido que o Serviço de Hemodiálise funcione em plena capacidade, já que são feitas apenas 160 sessões/mês sendo que há capacidade para 300 sessões/mês". Romano explicou ainda que a direção do hospital tem recorrido aos contratos temporários, para ampliação do quadro de auxiliares de enfermagem, mas que esse expediente é um paliativo, defendendo, em contrapartida, a realização de concurso público para suprir as vagas. Projetos - Romano também criticou a excessiva burocracia, sobretudo para aquisição de bens permanentes para o hospital. Esse engessamento, segundo afirmou em resposta a questionamento feito pelo deputado Carlos Pimenta (PL), transforma os procedimentos licitatórios muito lentos, como foi a aquisição de 85 microcomputadores que levou quase 18 meses para ser concluída. O projeto de informatização do hospital, de acordo com ele, vai trazer uma série de benefícios, como a redução das filas, maior controle sobre os produtos da farmácia, racionalização dos pedidos de exames e a conexão com as agências regionais do Ipsemg no interior. Administração - A CPI do Ipsemg também ouviu na manhã de ontem a superintendente de Administração do Instituto, Marília Teixeira Domingues. Com relação à autorização de desligamento de servidores que aderiram ao PDV, a superintendente explicou que essa foi uma decisão da presidência do Ipsemg, que, segundo ela, tem competência e autonomia para assinar os pedidos. Ela disse que, há dois anos, foi elaborado um plano de cargos e salários para os servidores da Previdência, mas que ainda se encontra em análise pela Secretaria de Administração. Marília Teixeira também foi questionada pelos integrantes da CPI com relação aos contratos imobiliários do Ipsemg, que tem patrimônio calculado em R$ 150 milhões em imóveis na capital e interior. A superintendente garantiu que todos os contratos de locação passaram por um processo de revisão, há dois anos, passando de R$ 332 mil, em 95, para R$ 1.229.371,00, em 96. Quando questionada pelo deputado Miguel Martini(PSDB), presidente da CPI, sobre a incongruência de uma autarquia ter gastos com áreas não-relacionadas à sua atividade-fim, Marília Teixeira respondeu que o patrimônio imobiliário do Instituto é resultado do pagamento de dívidas do Tesouro com o Ipsemg. Ela informou que, dos 32 imóveis do Ipsemg, 11 estão alugados para particulares, num total de R$ 15 milhões. A superintendente de Administração também respondeu indagações referentes ao funcionamento do Hotel da Previdência, localizado em Araxá. Disse que há dois anos o hotel está operando no vermelho, com déficit de R$ 928 mil, em 95, e de R$ 797 mil, em 96. Com mudanças adotadas no gerencimento do hotel, houve aumento da taxa de ocupação, que promete, segundo ela, crescer também com a reativação das termas do Grande Hotel de Araxá, fechadas para reforma. Marília Teixeira também apresentou a CPI, por solicitação do relator, deputado Ermano Batista (PL), dados referentes à folha de pagamento do Ipsemg. Com uma folha de 3.781 servidores na ativa e 1.610 inativos, o Ipsemg gastou no ano passado R$ 69 milhões, com ativos, e R$ 42 milhões, com inativos. Ela explicou que, em 95, o gasto com ativos girava em torno de R$ 85 milhões; sendo que a folha de inativos era de R$ 41 milhões. A diferença, segundo ela, foi motivada por alterações no pagamento das férias-prêmio. Requerimentos -
Responsável pela informação: CPI Ipsemg ouve sup. Hospitalar e de Adm. do Instituto