Com. aprova parecer sobre PL do Orçamento
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovou, nesta terça-feira(17), parecer do deputado Péricles Fer...
18/12/1996 - 03:10Com. aprova parecer sobre PL do Orçamento
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovou, nesta terça-feira(17), parecer do deputado Péricles Ferreira (PSDB) sobre o PL 968/96, do governador do Estado, que estima as receitas e fixa as depesas do Orçamento Fiscal e do Orçamento de Investimentos das Empresas Controladas pelo Estado para o exercício de 1997. O Orçamento Fiscal para o próximo ano tem receita estimada em R$ 13.982,5 milhões, enquanto o Orçamento de Investimento está fixado em R$ 1.264,9 milhões. O projeto e as emendas seguem agora para o Plenário, para a votação em turno único. Audiências Públicas - O parecer conclui pela rejeição de 2.321 emendas das 2.328 apresentadas e pela aprovação de 61 emendas apresentadas pelo próprio relator em seu parecer. Dessas 61, 54 delas são de autoria coletiva, separadas por grupos de regiões e tendo em vista as propostas aprovadas nas Audiências Públicas Regionais, no valor total de R$ 38 milhões; uma emenda de adequação de texto; uma relativa ao Fórum das Américas; e cinco relacionadas a subvenções e tendo em vista projetos da Secretaria de Estado de Assuntos Municipais, totalizando R$ 26 milhões. Em seu parecer, o deputado Péricles Ferreira justificou o motivo pelo qual não acolheu as emendas apresentadas, embora tenha garantido que as 54 emendas coletivas foram inspiradas nas propostas priorizadas nas audiências públicas, de forma a compatibilizar recursos escassos com o atendimento das necessidades gerais da população. "A estimativa de receita ficou comprimida ante a despesa com a folha de pagamento, os gastos com custeio e com a dívida do Estado". Representação - A sistemática adotada esse ano para acolhimento das propostas das audiências foi duramente criticada pelo líder do PT, deputado Durval Ângelo. O líder disse que sua bancada não participou dos encontros e que os representantes das comissões de representação das audiências deveriam ter sido convidados. Durval Ângelo também lamentou o não-acolhimento da emenda do deputado Gilmar Machado, na qual previa reajuste dos servidores públicos estaduais, a partir de janeiro de 1997, em percentual correspondente à variação da receita tributária nos últimos 12 meses. O deputado Miguel Martini (PSDB), que preside a Comissão de Fiscalização Financeira, disse concordar em parte com o posicionamento do líder do PT, mas acha que o processo das audiências públicas está sendo constantemente ajustado para ser aprimorado. Em resposta, o deputado Péricles Ferreira argumentou que seria "absolutamente impossível" atender a todas demandas encaminhadas nas audiências, citando a escassez de recursos do governo. Segundo ele, só para atendimento de todas as estradas priorizadas nas audiências públicas seriam necessários cerca de R$ 2 bilhões, enquanto o governo destina no total para investimento cerca de R$ 647 milhões. Sobre a emenda de reajuste do funcionalismo, o relator disse que nao a acataria por não se tratar de matéria orçamentária. Participaram da reunião os deputados Miguel Martini (PSDB), que preside a Comissão de Fiscalização; Geraldo Rezende (PMDB), Péricles Ferreira (PSDB), Ivair Nogueira (PDT) e Durval Ângelo (PT).
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