Audiência pública debate pagamento de adicional a policiais
A Comissão de Administração Pública, presidida pelo deputado Ajalmar Silva (PSDB), debateu ontem (4/12) a concessão d...
05/12/1996 - 03:10Audiência pública debate pagamento de adicional a policiais
A Comissão de Administração Pública, presidida pelo deputado Ajalmar Silva (PSDB), debateu ontem (4/12) a concessão do adicional de periculosidade, insalubridade e penosidade para os policiais civis e militares do Estado, a requerimento do deputado Raul Lima Neto (PPB). Lima Neto classificou de vergonhoso e vil o salário dos policiais civis e militares e argumentou que a segurança pública é tão importante como a saúde. O representante da Secretaria de Administração e Recursos Humanos, Ovile Kupidlowsky, disse que o governo não vai pagar o adicional de periculosidade, por falta de recursos. Segundo ele, o acréscimo de 40% na folha de pagamentos das polícias militar e civil implicaria uma despesa de R$3,8 milhões por mês, valor idêntico ao que o governo conseguiu economizar com o PDV. O Cel PM Hamilton Carvalho, que representou o Comandante-Geral da Corporação, disse que a má remuneração da PM não é novidade. "O governador tem afirmado que o salário é o que ele pode dar". Num recado às lideranças dos clubes de cabos e soldados, e de subtenentes e sargentos, o coronel afirmou que na PM só o Comando Geral fala sobre salário. Para ele, a implantação do adicional de periculosidade colocará em risco a isonomia salarial da PM e traria problemas para o pessoal da reserva. O argumento do Coronel foi refutado pelo representante do Clube dos Cabos e Soldados da PM, Otávio Francisco de Castro. Segundo ele, o adicional não é para todo mundo e há mecanismos para sua manutenção na passagem do oficial para a reserva. O presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da PMMG. Weliton Eustáquio de Jesus, cobrou da Superintendente de Saúde dos Servidores da Secretaria de Recursos Humanos, Maria José Nahas, resposta para ofício enviado pela Associação em maio desse ano, pedindo a identificação da periculosidade no trabalho da PMMG e até hoje não recebeu resposta. Ele continuou sem resposta. Participaram dos debates os deputados Raul Lima Neto, Arnaldo Penna (PSDB), Hely Tarquínio (PSDB), José Braga (PDT) e o secretário da Associação dos Servidores da Polícia Civil, Wander Moreira Dias. A Comissão aprovou parecer favorável, do deputado Arnaldo Penna, em 2º turno, ao PL nº 829/96, do deputado Bonifácio Mourão (PMDB), que dispõe sobre a denominação de estabelecimento, instituição e próprios públicos do Estado. Foi aprovado também parecer, para 1º turno, do deputado Arnaldo Penna ao PL nº 919/96, do deputado Sebastião Navarro Vieira (PFL), que acrescenta parágrafo ao art. 1º da Lei 9.532, de 30 de dezembro de 1987. O projeto reduz para cinco anos o tempo de apostilamento dos ocupantes de cargos obtidos através de eleição em estabelecimentos de ensino .
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