Comissão de Agropecuária ouve o Pres.da Floresta Rio

O presidente da empresa Florestas Rio Doce, Celso Castilho de Souza, participou ontem (7/11) da reunião da Comissão d...

08/11/1996 - 03:31

Comissão de Agropecuária ouve o Pres.da Floresta Rio



     O presidente  da empresa  Florestas Rio  Doce, Celso  Castilho de

Souza, participou  ontem (7/11) da reunião da Comissão de Agropecuária

e Política  Rural, presidida  pelo deputado  Paulo  Piau  (PFL),  onde

prestou esclarecimentos  sobre os investimentos da empresa na floresta

que se  encontra no  município de  Grão Mogol.  Participaram também da

reunião prefeitos  eleitos daquele  município e de Josenópolis e Padre

Carvalho.

     Celso Castilho  disse que  a empresa teve problemas para investir

na região de Grão Mogol em razão de dificuldades com relação à energia

elétrica e  com a  propriedade das  terras. As  terras adquiridas pela

empresa seriam,  na verdade,  terras devolutas,  cuja posse  o  Estado

reivindicou, gerando  demanda judicial.  Isso impediu  que  a  empresa

levasse adiante  o projeto  de formar  uma joint-venture  com um grupo

chileno, para  exploração de  madeira na  região. O  presidente  disse

também que  o futuro da empresa é incerto, já que ela será privatizada

como parte  da Cia. Vale do Rio Doce, nada podendo assegurar quanto ao

futuro da  floresta. Ele  assegurou aos  prefeitos que há potencial na

região para a criação de um pólo moveleiro.

     O prefeito  eleito de  Grão Mogol, Jeferson Figueiredo, sugeriu a

formação de  parcerias com  a empresa  e as prefeituras da região para

erradicação da  doença de  Chagas e  o desenvolvimento  de projetos de

olaria e  de construção  de casas  de madeira. O presidente da empresa

disse que  já existe um projeto de construção de casas de baixo custo,

com estrutura de eucalipto e revestimento de adobe.

     Também  os  prefeitos  eleitos  de  Josenópolis,  Gumercino  José

Pestano, e de Padre Carvalho, João Francisco dos Santos, debateram com

o presidente da Florestas Rio Doce o investimento social que a empresa

poderá fazer naqueles municípios.

     A incerteza  quanto ao  futuro  levou  a  deputada  Elbe  Brandão

(PSDB), autora do requerimento que deu origem à reunião, a sugerir que

a empresa  fosse excluída  do programa  de privatização da Vale do Rio

Doce e  administrada pelos  municípios. Celso  Castilho respondeu  que

dificilmente se  conseguiria desmembrar qualquer empresa no projeto de

privatização. Ele informou ainda que os ativos da empresa são da ordem

de U$$250 milhões.

     O deputado  Paulo Piau  lembrou que  uma  das  reivindicações  da

Audiência Pública  de Araçuaí  foi a  de implantação  de  um  pólo  de

fruticultura na  região do  Jequitinhonha e  quis saber  se há  alguma

experiência da  empresa no campo da fruticultura. Celso Castilho disse

que a  empresa dispõe  de uma  área de  40 mil hectares na região, que

poderia ser aproveitada para a fruticultura.

     Requerimentos - A Comissão aprovou requerimento do deputado Paulo

Piau para  a realização  de uma  reunião para  debater as propostas do

Seminário  de   Regorma  Agrária,   no  dia  4  de  dezembro  e  outro

requerimento que  solicita o  envio de  representante  da  Comissão  à

reunião  dos   representantes  das   comissões  de   agropecuária  dos

legislativos do  país, que  será realizada  em Campo  Grande (MS),  no

próximo dia  13. Foram  aprovados ainda  um requerimento  de  voto  de

congratulações e  um projeto  de lei  que trata  de utilidade pública.

Participou também da reunião o deputado Olinto Godinho (PL).

Responsável pela informação: Francisco Mendes - GCS - (031)290.7800